Notícias
Ex-bolsista do CsF transforma a experiência do Programa em ações concretas
Após um ano de estudos no curso de Engenharia de Negócios (Business Engineering) na Universidade de Ciências Aplicadas de Magdeburg, na Alemanha, e de uma estágio de seis meses em uma empresa alemã chamada "FI Test- und messtechnik", o ex-bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) Vinicius Rennó Campos, se destaca nas áreas de aviação e de drones autônomos.
Durante o período em que permaneceu na empresa alemã foi responsável pelo marketing e vendas de um aparelho desenvolvido em parceria com a Airbus, capaz de reduzir em até 70% o tempo do balanceamento dos controladores de voo das aeronaves. "Com esse aparelho fomos finalistas do prêmio Hugo Junkers de melhor invenção do estado. Representando a empresa, participei também da MRO Aviation Week em Madri, uma das mais importantes feiras relacionadas à aviação do mundo", disse.
Vinicius voltou para o Brasil em 2015 e começou a praticar o conhecimento adquirido tornando-se membro de marketing na empresa júnior da Universidade Federal de Itajubá.(Unifei). Porém foi entrando na equipe Black Bee Drones - primeira equipe acadêmica do Brasil que desenvolve aeronaves não tripuladas (drones) capazes de realizar missões complexas - que aplicou o conhecimento adquirido no intercâmbio. Ele e sua equipe competiram em dois campeonatos mundiais, um na China e outro na Alemanha, onde conquistaram a terceira colocação.
A Black Bee Drones é a primeira equipe acadêmica de drones inteligentes para competição do Brasil. A equipe é composta por alunos de diversos cursos da Universidade Federal de Itajubá - MG, entre eles Engenharia Mecânica, Mecânica Aeronáutica, Elétrica, Eletrônica, Ambiental, de Produção, de Controle e Automação e de Computação e também dos cursos de Administração, Ciência da Computação e Sistemas de Informação.
O Presidente do CNPq, Mario Neto Borges, teve a oportunidade de conhecer o projeto no início de Abril, quando esteve na UNIFEI para proferir a palestra "Ciência, Tecnologia e Inovaçaõ para o Desenvolvimento do Brasil" e ficou impressionado com a qualidade do projeto.
O ex-bolsista elogia a experiência e o conhecimento proporcionados no programa Ciência sem Fronteiras. "Devido à experiência no Ciência sem Fronteiras, me tornei o responsável por fazer o planejamento de marketing, conseguir patrocínios e ajudar na estruturação da equipe". "Nós transformamos a Black Bee Drones, de apenas um ano e meio de existência, na principal referência acadêmica de drones autônomos do Brasil".
"Esse ano iremos competir em Toulouse na França e além disso, estamos organizando em parceria com a SAE Brasil, a primeira competição acadêmica de drones autônomos realizada em solos brasileiros, onde fomos responsáveis por capacitar os professores do ensino médio técnico para serem os coordenadores das equipes", concluiu Rennó.
Em menos de 1 ano de criação a Black Bee surpreendeu a todos com a terceira colocação na IMAV Competition (International Micro Air Vehicle), que ocorreu em Setembro de 2015 em Aachen, na Alemanha. Na ocasião, mesmo com poucos recursos financeiros, eles superaram países consagrados tecnologicamente como França e Holanda. Além da excelente colocação, eles receberam também uma menção honrosa por ser a única equipe formada apenas por graduandos, sendo que as demais eram compostas por Mestrandos e Doutorandos. Na IMAV 2015, os drones deviam combater incêndio, fazer mapeamento de território, reconhecimento de vitima, entregar pacotes, perseguir objetos, entre outras provas, tudo de maneira autônoma, ou seja, sem a necessidade do piloto.
Para o estudante, o estágio em uma empresa de grande porte e a experiência no programa Ciência sem Fronteiras enriqueceu sua experiência profissional e fez a diferença na volta ao Brasil.
CsF
Lançado em dezembro de 2011, o Ciência sem Fronteiras promoveu a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. Ao todo, 101.446 bolsas foram concedidas em quatro anos, conforme meta inicial do programa.
Coordenação de Comunicação do CNPq
Divulgação
true