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Evento discute parcerias entre Ciência e Empresas
Transferência de conhecimento, impactos sociais, econômicos e políticos, empreendedorismo. Essas são algumas das principais expectativas de um investimento em projetos que unem pesquisa e empresas. E tudo isso esteve representado durante o 6º Encontro Técnico do Programa RHAE - Pesquisador na Empresa, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, entre os dias 10 e 11 de novembro.
O evento foi um encontro de acompanhamento de projetos contemplados na Chamada 54/2013 do programa, fruto da parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (SETEC/MCTI) e a Confederação Nacional da Industria (CNI).
Como ressaltou o Presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, durante a abertura do evento, o RHAE é um dos programas brasileiros que "de fato transfere conhecimento, porque faz com que pessoas formadas pensem em atuar em outros lugares fora do ambiente acadêmico, transferindo o conhecimento para as aplicações praticas". Ainda segundo o presidente "os discursos científicos devem ir além das mudanças cientificas, devem ser revertidos em mudanças sociais, econômicas e das políticas publicas".
Chaimovich refere-se a projetos como o da pesquisadora Cristiane Mello, que desenvolveu repositor hidroeletrolítico e suplemento a base de água de coco em pó em projeto apoiado pelo RHAE. O repositor tem como objetivo minimizar os efeitos da fadiga em atletas de endurance causados por desequilíbrios hidroeletrolíticos, causas nutricionais (falência das reservas de glicogênio) e fadiga central, entre outros.
O produto promete alta solubilidade, facilidade de preparo e consumo, vida de prateleira prolongada, sabor diferenciado, alta tolerância gastrintestinal, maior consumo e efeito na performance (PACE), menor perda muscular e melhor recuperação pós-treino.
Cristiane tem sua trajetória cientifica acompanhada pelo CNPq, já foi bolsista de Iniciação Cientifica (IC), de pós-doutorado, também recebeu auxílios para pesquisas. Atualmente é bolsista de Produtividade Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora, nível 2, do Programa de Biotecnologia.
Outro exemplo, é o de Paulo André Lima Pequeno, que criou um simulador de realidade virtual e vídeos voltado para o treinamento e aprimoramento de habilidades de tiro. O Sistema faz uso de um conjunto de tecnologias nacionais que permitem implantação em locais sem nenhuma infraestrutura específica para sua a implantação e que possibilita treinamento de larga escala com custo reduzido.
O XSS (XTREME SHOOTING SIMULATOR) é dividido em três módulos e dentro de suas funcionalidades estão: realidade virtual, vídeos interativos e avaliação de desempenho. Um dos diferenciais do simulador é o baixo custo, são usados dispositivos a seco disponíveis no mercado, permitindo o uso com armas reais e simulacros.
O Simulador já está sendo usado no Navio Escola Brasil da Marinha do Brasil, pelo Corpo de Fuzileiros Navais, ambos do Rio de Janeiro e pela Guarda Municipal da Prefeitura de Fortaleza.
Paulo também tem sua carreira acompanhada pelo CNPq desde a graduação, quando foi bolsista de Iniciação Cientifica e Tecnológica (ITI), também recebeu outros auxílios para pesquisas e desenvolvimento tecnológico em TICs.
O encontro
Durante as atividades, representantes de diversas empresas participantes, entidades de classe dos setores empresariais e organizações voltadas ao incentivo à inovação apresentaram resultados, firmaram parcerias e conheceram cases de sucesso do programa.
O evento reuniu 200 representantes de projetos contemplados na chamada 54. Também teve espaço para exposição de pôsters sobre o projetos e seminários de apresentação de projetos escolhidos pelos organizadores. Para Cimei Borges, organizador do evento, o intuito é de apresentar a diversidade de temas que o RHAE contempla. "A apresentação dos posters é um instrumento de interação entre eles tanto nas pesquisas como nos negócios".
O RHAE , foi desenvolvido para agregar pesquisadores altamente qualificados (mestres e doutores) em atividades de P&D, e oferecer bolsas na linha de fomento tecnológico. Nesse caso, o foco do financiamento é a pesquisa desenvolvida pelo pesquisador e sua equipe dentro da empresa, sendo que o CNPq não recebe nenhuma parte do possível resultado econômico decorrente desses projetos.
As bolsas científicas são procuradas principalmente para viabilizar projetos de pesquisa para mestrado e doutorado, em que o desenvolvimento do projeto e as regras da instituição de ensino exigem dedicação exclusiva do pesquisador. Nesse caso, as bolsas têm papel fundamental para garantir os estudos, já que o acadêmico fica impedido de ter remuneração de sua atividade profissional.
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Coordenação de Comunicação Social
Fotos: Claudia Marins
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