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CNPq sedia encontro regional das Américas do Global Research Council
Participantes do encontro regional do GRC debatem os desafios atuais para a área de Ciência, Tecnologia e Inovação. - Foto: Marcelo Gondim / CNPq
O encontro regional das Américas do Global Research Council (GRC), organização virtual que reúne os chefes das agências de fomento à pesquisa de todo o mundo, aconteceu nos dias 21 e 22 de novembro de 2024, na sede do CNPq, em Brasília.
Cerca de 40 representantes de entidades do continente participaram da reunião, preparatória para o próximo encontro Global do GRC, discutindo questões atuais de interesse comum para a área de ciência, tecnologia e inovação. As conclusões farão parte de relatório que será levado ao 13º encontro anual do GRC, a ser realizado em maio de 2025, na Arábia Saudita.
“Essa é nossa oportunidade de proporcionar uma perspectiva das Américas na discussão”, disse Shaun Baron, representante do GRC na reunião. Além da reunião de Brasília, encontros semelhantes reúnem representantes de agências de fomento em outras áreas geográficas do mundo, com vistas ao evento anual do próximo ano.
Segundo Baron, os relatórios resultantes dessas reuniões mostrarão os princípios que definirão quais valores nortearão as ações da comunidade global na área de ciência e tecnologia. “É por meio do processo de discussão, do processo de partilha de nossos valores que nos capacitaremos para nos aproximar em cooperativa internacional. Essa é nossa oportunidade: o que os tópicos [discutidos] significam para nossa região?”, indagou Baron.
Os participantes do encontro realizado em Brasília foram atualizados sobre as atividades dos três grupos de trabalho do GRC: Igualdade, Diversidade e Inclusão; Avaliação de Pesquisa Responsável e Engajamento Multilateral. Além disso, discutiram propostas de co-criação que façam face aos desafios globais na atualidade; os conceitos gerais de inteligência artificial na área de Ciência e Tecnologia para as agências de fomento e, por fim, casos de regulação e adaptação da inteligência artificial no setor de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, frisou a importância da ciência aberta, movimento mundial que busca promover a transparência e o livre acesso às pesquisas. "Acesso científico é difícil, sabemos disso, mas há meios para melhorá-lo", disse Galvão, explicando que o CNPq tem evitado, o máximo possível, considerar apenas os indicadores quantitativos de número de citações em publicações indexadas ao julgar uma proposta. "Porque sabemos que o acesso aberto vai mudar completamente esse quadro. Procuramos não olhar muito para os indicadores, mas realmente ler as propostas", completou.
O GRC foi criado em 2012 e é um fórum de discussão de questões acerca da internacionalização da pesquisa. Seus representantes partilham informações, boas práticas e experiências, reunindo-se todos os anos, cada vez em uma parte diferente do mundo. Além de facilitar iniciativas para cooperação multilateral, esses encontros também servem para os participantes discutirem caminhos para a promoção de futuro mais equitativo, diverso e inclusivo.
“Criamos condições em que a cooperação internacional pode prosperar”, observa Baron. Este ano, o encontro regional das Américas foi co-organizado pelo Brasil e pelo Paraguai, por meio do CNPq e do Consejo National de Ciencia y Tecnologica (Conacyt) do Paraguai.
Veja fotos do evento (Marcelo Gondim/CNPq)
Assista aos vídeos do evento: