Notícias
Brasil oficializa adesão como membro associado do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares
O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, promulgou nesta quarta-feira, 13, o Acordo entre o Brasil e a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, que concede ao Brasil o Status de membro associado do CERN. O Acordo foi firmado em março de 2022, em Genebra, após mais de uma década de negociações, e precisou tramitar pela Câmara e pelo Senado antes de sua promulgação.
Apesar de o Brasil já possuir um Acordo de cooperação desde 2006 firmado entre CERN e o CNPq, a mudança de status permitirá um envolvimento mais ativo do país nas tomadas de decisões dentro do Centro de Pesquisas Nucleares.
Com o acordo, o Brasil terá direito a participação no programa científico da organização, bem como em seus programas educacionais e de treinamento. Poderá participar de reuniões do conselho e do comitê financeiro, mas sem direito a voto. Já nas reuniões do Comitê de Política Científica, o Brasil poderá enviar um representante como observador às suas reuniões ordinárias.
O que é CERN
O Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN) é o maior laboratório de física de partículas do mundo, fundado em 1954 na fronteira entre a França e a Suíça, próximo de Genebra. Reúne um corpo de mais de 12 mil pesquisadores de instituições de 70 países. Tem a missão de responder a algumas das perguntas mais fundamentais da ciência: como surgiu o Universo? Qual a estrutura da matéria?
A instituição tem reputação internacional por seus experimentos e pelo desenvolvimento de novas tecnologias. Estão entre seus feitos a criação da World Wide Web (www) em 1989 e a detecção do Bóson de Higgs, em 2012, por meio de um experimento que ocorreu no LHC (Large Hadron Collider), maior acelerador de partículas do mundo.