Projetos com a CNEN são destaque em Reunião bilaterial da AIEA para AL e Caribe, na 68a Conferência Geral, em Viena.

Durante Reunião Bilateral promovida pela Divisão para a América Latina e o Caribe, do Departamento de Cooperação Técnica da AIEA,  nesta quinta-feira, 19, por ocasião da 68^a Conferência Geral da AIEA, em Viena, Karla Diaz, gerente do Programa de Gestão da AIEA, fez um balanço da cooperação, abordando os seis projetos nacionais com o Brasil, no ciclo 2024 a 2025, dos quais três são com a CNEN, um com a Marinha do Brasil, um com a BioFabrica MOSCAMED e o último com o Serviço Geológico Regional CPRM.

(Foto: Ana Paula Freire Artaxo/CNEN)

Os projetos com a CNEN são: “Desenvolvimento de Recursos Humanos em Tecnologia Nuclear para Setores Estratégicos, Necessidades Emergentes e Oportunidades” (BRA0026), contraparte Joana Alves Azambuja; “Fortalecimento da Infraestrutura Nacional para a Segurança Radiológica”(BRA9062), contraparte Flávia da Silva Teixeira; e “Aplicação de Radiação Ionizante para Redução de Micro e Nanoplásticos e Poluentes Emergentes: Padronização de Métodos para Detecção, Caracterização e Demonstração de Tratamento In Situ” (BRA7015), contraparte Isolda Costa.

Karla Diaz comentou ainda os principais resultados alcançados em 2024, de projetos do ciclo 2020 e 2022. São eles: “Usando a Técnica do Inseto Estéril para Aplicar uma Cepa Local no Controle do Aedes Aegypti (Fase II)”, contraparte Jair Fernandes Virginio, da MOSCAMED, a partir de um estudo piloto em Recife (PE); “Desenvolvimento de Recursos Humanos em Tecnologia Nuclear”, contraparte Cláudio Tinoco, da Universidade Federal Fluminense (UFF/RJ).

Esse projeto culminou com a inauguração, em junho passado, do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Universitário Antônio Pedro, com a presente do diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi. Por meio de projeto de cooperação com a CNEN, o HUAP recebeu um SPECT-CT, equipamento de medicina nuclear que combina cintilografia e tomografia computadorizada. O moderno aparato permitiu o aumento a cerca de 1300 pacientes no período de 11 meses, um aumento de mais de 100% no número de procedimentos realizados.

Da CNEN, os destaques ficaram para dois projetos: “Unidade Móvel com Acelerador de Feixe de Elétrons para o Tratamento de Efluentes Industriais e seu Reuso no Brasil” (BRA1035),  instalação inaugurada no dia 31 de agosto, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), por ocasião da celebração dos seus 68 anos, em São Paulo.

O tratamento de efluentes industriais com o uso de feixes de elétrons tem se expandido em vários países, especialmente na Coreia do Sul e, mais recentemente, na China. No Brasil, trata-se de um projeto pioneiro, que recebeu diversos premiações, destacando-se o prêmio "Tecnologias Nucleares para uma Vida Melhor", apresentado no “11º Fórum Internacional ATOMEXPO 2019”.

O segundo projeto foi “Desenvolvimento e Expansão da Terapia Teranóstica no Câncer de Próstata no Brasil com Actínio-225 e Lutécio-177” (BR6032), contraparte Emerson Bernardes. A inauguração do Laboratório de Pesquisa e Produção de Lotes Piloto de Radiofármacos, financiado pela FAPESP, em agosto de 2023, com a presença da ministra de CT&I, Luciana Santos, é vital para o desenvovimentos de pesquisas referentes a esse projeto.

A 68ª Conferência Geral, que acontece no Vienna International Center, sede a AIEA, vinculada à ONU, em Viena, termina nesta sexta-feira, 20.

Texto e fotos: Ana Paula Freire Artaxo/CNEN