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Projeto de certificação de profissionais da área médica reúne CNEN e Inmetro
Reunião de profissionais da CNEN e do Inmetro
O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Renato Machado Cotta, e o presidente do Inmetro, Carlos Augusto de Azevedo, se reuniram, no IRD, no último dia 15 de fevereiro, para discutir sobre a certificação de pessoas em proteção radiológica para atuação na área médica, no que diz respeito a raios X diagnóstico e odontológico. O objetivo é instituir um programa nacional que possa atestar habilidades e competências em proteção radiológica e sirva de requisito para a atuação profissional. A certificação seria concedida pelo IRD, instituto vinculado à Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS) da CNEN.
O diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN, Paulo Heilbron, e o diretor do IRD, José Ubiratan Delgado, participaram do encontro. O projeto envolverá a acreditação pelo Inmetro, organismo responsável pela tarefa no país e que concedeu a designação do IRD em 1988 para ser o Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes.
O presidente do Inmetro destaca a importância desse trabalho, que se refletirá principalmente na melhor assistência e proteção às pessoas e, por outro, haverá um impacto econonômico importante, pois melhores práticas implicam em menores custos na área de saúde. O gestor reforçou o lado positivo dessa parceria Inmetro-CNEN, via IRD, ou seja, entre agentes que já têm tradição em trabalho conjunto.
Cotta ressaltou o ganho de qualidade que a entrada “dos especialistas mais capacitados do país vai significar, colocando todo o conhecimento da CNEN à disposição da sociedade.” Heilbron afirmou que um projeto dessa natureza, envolvendo a área médica, representa benefícios diretos extremamente importantes para a sociedade.
A regulamentação da certificação de pessoas é internacionalmente estabelecida pela Norma ISO 17024, que apresenta os requisitos gerais para instituições certificadoras, objetivando a acreditação destas em um sistema de qualidade.
“Os beneficiários diretos do projeto seriam os próprios profissionais e pacientes das práticas médicas que envolvam o uso de radiação ionizante no Brasil, pois terão maior qualidade e buscarão aperfeiçoar os procedimentos realizados por profissionais de capacidade certificada por órgão competente”, atesta a pesquisadora Lidia Vasconcellos de Sá, que coordena o trabalho pelo IRD.
“Isso, obviamente, representa maior segurança para as pessoas envolvidas em atividades próximas às instalações dos equipamentos e a otimização das exposições médicas para a população. Afinal, trata-se de aprimorar ainda mais a capacidade técnica dos profissionais envolvidos em cada prática”, explica Delgado.
Dando seguimento ao projeto, as próximas etapas vão envolver reuniões técnicas com a Anvisa e vários agentes atuantes na formação e capacitação de pessoal e que possuem interesses comuns ao proposto pelo IRD/CNEN.