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Prof. Dr. Rex Nazaré saúda o IPEN pelo convênio firmado com o Hospital de Amor para tratamento de câncer
O Prof. Dr. Rex Nazaré, em mensagem dirigida a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), cumprimentou o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), pelo convênio assinado com o Hospital de Amor para o desenvolvimento do estudo clínico para tratamento de câncer de próstata metastático, que não mais respondem a terapia com hormônio ou quimioterapia, permitindo que um grupo de pacientes, que não apresentava mais alternativas de tratamento, tenha acesso a um novo tratamento ainda não disponível no Brasil, mas que já é empregado em países da Europa.
O objetivo do estudo é obter, posteriormente, o registro do radiofármaco na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ampliando a possibilidade de tratamento em todo o país.
Caberá ao IPEN o fornecimento do radiofármaco chamado PSMA, marcado com lutécio-177 e ao Hospital do Amor recrutar pacientes com características determinadas para receberem o tratamento. “O PSMA é uma molécula que se liga a receptores localizados nas células do câncer de próstata, enquanto o lutécio-177 é um radioisótopo – ou material radioativo – que emite uma radiação (beta) que destrói as células tumorais”, explicou o Dr. Wilson Furlan Alves, coordenador do departamento de medicina nuclear do Hospital.
Este tratamento ainda é experimental em todos os países nos quais foi iniciado, como Estados Unidos e Austrália. “Ele surgiu há aproximadamente quatro anos na Alemanha e somos os primeiros a realizá-lo na América Latina, o que nos coloca em uma posição bem atualizada”, relatou o Dr. Euclides Timóteo da Rocha, também médico do Hospital do Amor.
Para o superintendente do IPEN, Dr. Wilson Calvo a tecnologia nuclear, que inclui a medicina nuclear, está passando por um momento importante no Brasil, em que se discute não apenas a importância da infraestrutura, mas principalmente, os meios pelos quais os avanços chegam até a população. “O IPEN, com a assinatura desse convênio, faz uma parte disso, tomando a iniciativa de disponibilizar novos fármacos, mas sem a parceria com instituições como o Hospital de Amor não haveria como colocá-los no mercado. Nós temos como produzir e como fornecer, mas é necessário este outro elo para que o produto volte em benefício para a população”, destacou.