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Presidente da CNEN e Diretor de Segurança Nuclear da AIEA assinam Plano de Ação Conjunta entre as duas entidades visando à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016
Em cerimônia que contou com a presença da secretária-executiva Emilia Ribeiro Curi, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o diretor de Segurança Nuclear da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Khammar Mrabit, e o presidente da CNEN, Renato Machado Cotta, assinaram ontem (4 de abril) Plano de Ação Conjunta entre a AIEA e a CNEN no âmbito dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
Abrindo a solenidade, Renato Cotta ressaltou a importância do evento, que sela a parceria entre a CNEN e a AIEA e desde 2007, por ocasião dos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos, atua na prevenção, identificação e resposta em caso de emergências ou situações de potencial risco radiológico ou nuclear. Cotta lembrou a participação da Agência em outros grandes eventos realizados no Brasil, tais como a Jornada Mundial da Juventude e na Copa das Confederações, em 2013; a Copa do Mundo Fifa, em 2014, e a posse da presidente Dilma Rousseff, em Brasília, no ano passado.
Destacando a presença do MCTI no evento, Cotta fez referência ainda ao lançamento, ocorrido pela manhã, na FINEP, de linhas de financiamento a projetos da área nuclear. O presidente da CNEN aproveitou para salientar que a instituição tem recebido importante apoio do Ministério e que a área nuclear tem sido tratada como prioritária pelo atual governo.
Em seguida, Khammar Mrabit agradeceu a oportunidade de interagir com profissionais de segurança e salvaguardas nucleares da CNEN e de outras instituições do governo, e explicou que as ações de segurança nuclear estão inseridas entre os instrumentos propostos pela AIEA para limitar as ameaças globais, intensificadas depois dos atos terroristas de 11 de setembro de 2001. “As ações de segurança nuclear, especialmente durante grandes eventos, têm como objetivo garantir que apenas movimentos legítimos envolvendo transporte e manipulação de materiais nucleares e radioativos ocorram. O trabalho da AIEA é planejar e propor a aplicação de procedimentos realistas e eficazes para prevenir, descobrir e responder a eventos prontamente”.
Os ataques de 11 de setembro exigiram que a AIEA reagisse e se posicionasse rapidamente para enfrentar ameaças globais desafiadoras, continuou Mrabit. Foi assim que, durante a vigência do primeiro Plano de Segurança Nuclear - proposto para coibir atos de terrorismo nuclear -, novos instrumentos internacionais foram desenvolvidos e requisitos de segurança mais rígidos foram definidos. Desde 2005, quando três novos Planos de Segurança Nuclear foram aprovados, a Agência tem se concentrado em fortalecer e apoiar tecnicamente os regimes nacionais de segurança nuclear, além de contribuir para melhorias sistemáticas dessa estrutura, em nível mundial.
Mrabit lembrou ainda que a comunidade internacional tem feito grandes progressos no sentido de prover melhor estrutura de segurança para lidar com ameaças nucleares e que a Agência tem apoiado os estados membros na construção de sua capacidade de segurança por meio de acordos de cooperação bilateral ou de planos de ação conjunto, como o pactuado entre a AIEA e a CNEN.
A secretária-executiva do MCTI, Emilia Ribeiro Curi, encerrou a solenidade ressaltando a importância deste protocolo para o Ministério e para o país, por marcar uma nova fase na troca de conhecimentos e cooperação na área nuclear.