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IEN e UFRJ assinam acordo de cooperação para uso do terreno e de instalações para alunos e pesquisadores
Também presentes o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, Wilson Calvo, o diretor do IEN/CNEN, Fábio Staude, e a coordenadora do Programa de Engenharia Nuclear da COPPE, Inayá Lima. O contrato, válido por 20 anos e prorrogável até o limite de 35 anos, reforça uma parceria de longa data entre as duas instituições, conforme mencionou Staude.
O diretor IEN/CNEN explicou que, como contrapartida pelo uso do terreno da universidade, o Instituto passa a compartilhar formalmente o uso de seus laboratórios por alunos e professores da UFRJ para atividades acadêmicas e de pesquisa conjuntas. Outro termo do acordo diz respeito a bolsas de estudo em fluxo contínuo a serem concedidas pela CNEN.
São bolsas nas modalidades de iniciação científica (IC), mestrado, doutorado e, também, Bolsas de Capacitação Institucional (BCI), para estudantes e pesquisadores da UFRJ, que deverão contemplar projetos e estudos voltados para a área das Ciências Nucleares e Aplicadas. Em um primeiro momento, 13 laboratórios e instalações que serão disponibilizados.
“O que a gente pretende é trazer um aspecto mais formal e confortável para os professores e alunos que queiram usar os laboratórios e instalações do IEN. Vamos tentar tornar isso o mais abrangente possível e fortalecer ainda mais essa parceria, que envolve, também, fortalecer nossa estrutura de pessoal, trazer pessoas para cá. E os alunos têm um papel fundamental nessa tarefa”, afirmou Staude.
O diretor do IEN/CNEN concluiu seu pronunciamento ressaltando a importância colaboração para o avanço da ciência. “Se a gente quiser ir rápido, a gente vai sozinho, mas, se quiser ir longe, a gente tem que ir junto. Essa é mensagem que quero passar nesse momento, esse dia tão importante para nós, de recomposição de uma força de trabalho com alunos, bolsistas e professores da UFRJ”.
“Ganha-ganha”
Wilson Calvo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, destacou o “momento histórico”, resultado de muita “resiliência” do IEN e da UFRJ. “Foram mais de seis anos de troca de documentos entre CGU, TCU... então, este momento é um marco, a resiliência das duas instituições fez a diferença. Tanto é que nós estamos aqui hoje, já com o acordo de cooperação ao assinado”.
Outro ponto importante do acordo, mencionado pelo diretor da DPD/CNEN, é o fortalecimento institucional, tanto da UFRJ quanto do IEN/CNEN, em ciência, em pesquisa, em tecnologia, em ensino, em inovação. “É o legado que vai ficar para as próximas gerações. O corpo discente e docente da UFRJ, assim como os nossos pesquisadores e alunos, todos vão usufruir dessa conquista, que foi a assinatura desse acordo”, frisou Calvo.
Para ele, um “grande diferencial” que a CNEN oferece é a infraestrutura de suas unidades técnico-científicas. “São poucos os países que têm uma infraestrutura como existe aqui no IEN, com um reator de pesquisa e os laboratórios. Poucas universidades têm, e vão estar à disposição dos alunos da UFRJ”, afirmou, destacando que o modelo construído no acordo é o “ganha-ganha”.
Inayá Lima, da COPPE/UFRJ, também enfatizou a parceria de longa data e “felicidade” pela concretização do acordo. Em nome do Programa de Engenharia Nuclear, agradeceu e parabenizou todos os envolvidos. “Foi uma jornada longa, mas que a gente conseguiu fechar. Parabéns!”, disse.
Francisco Rondinelli falou de sua “tripla satisfação”, referindo-se ao fato de ser egresso do curso de Engenharia Mecânica na UFRJ, de estar como presidente da CNEN, sendo funcionário sênior da Autarquia. “Eu tenho uma satisfação muito grande. Acompanho o IEN há muito tempo, participei de vários projetos, sempre voltados para a área de desenvolvimento, de empreendedorismo, com toda dificuldade que a gente tem para realizar no país”, afirmou.
O momento histórico, segundo ele, dará mais visibilidade a essa parceria construída há anos. “Agora, é aproveitar essa oportunidade de estar em um campus universitário, com vários engenheiros, professores, alunos, que podem frequentar laboratórios, povoar essas instalações e então fortalecer a cooperação. Acho isso importantíssimo”, disse Rondinelli, concluindo sua intervenção destacando o “perfil de realizador” do diretor do IEN/CNEN, Fábio Staude.