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Experiência brasileira com técnica do inseto estéril é tema de side event na AIEA
O mosquito Aedes aegypti é transmissor de várias doenças que são um problema de saúde pública no Brasil, como a dengue e a febre amarela, e, durante a Conferência Ministerial sobre Ciência, Tecnologia e Aplicações Nucleares e Programa de Cooperação Técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a CNEN coordenou um side event que apresentou a experiência brasileira com o uso da técnica do inseto estéril como ferramenta de controle do vetor.
O tema foi enfocado e debatido no primeiro dia do evento e mostrou os trabalhos da empresa pernambucana Moscamed. O diretor presidente da instituição, Jair Fernandes Virgínio, compartilhou com os participantes da Conferência o que tem sido feito e obtido a partir dos estudos e da aplicação de tal técnica na Região Nordeste.O pesquisador demonstrou de forma detalhada como o procedimento da Moscamed é reconhecido como uma atividade segura ao ponto do ponto de vista ambiental para atuar no controle da população de insetos capazes de transmitir doenças que afligem a população em todo o território nacional.
Jair Virgínio ressaltou que a eficiência da técnica é ainda maior quando combinada com outras técnicas complementares. “Arboviroses estão emergindo como significantes desafios para a saúde pública e um fardo econômico no Brasil”, avaliou. O pesquisador ponderou que as principais estratégicas para reduzir o risco e a incidência dessas enfermidades (o controle dos vetores) é feito com a utilização de inseticidas químicos. Entretanto, isto provoca efeitos negativos na natureza e aumenta a resistência dos mosquitos, o que, segundo ele, não se verifica na técnica foco de sua apresentação.
“A técnica do inseto estéril tem provado o seu sucesso no controle da peste em larga escala em vários países do mundo”, garantiu. O diretor presidente da Moscamed integrou a equipe de palestrantes coordenados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) na Conferência da AIEA.