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CNEN apresenta projetos com nanoplásticos em Conferência Ministerial da AIEA e desperta interesse de vários países
Representantes de países como Reino Unido, China, México e Paraguai estiveram presentes na apresentação brasileira sobre as estratégias inovadoras de radiação de micro e nanoplásticos desenvolvidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), por meio de seu Instituto de Engenharia Nuclear (IEN). Os estudos são liderados pelo analista sênior em Ciência e Tecnologia, Ralph Santos-Oliveira, e focam em nanopartículas radiativas, produção de hidrogênio e no tratamento com micro e nanoplásticos por radiação.
As pesquisas apresentadas se concentram no uso de microesferas de vidro com hólmio-166, pontos quânticos de grafeno com radio-223 e nanomicelas também de radio-223, além de nanohidroxiapatite de radio-223; todas voltadas para aplicações no tratamento de câncer. Entre as vantagens verificadas pela equipe de pesquisadores da CNEN, as principais apontadas foram o baixo custo e a alta eficiência. Os estudos mostraram ainda que se trata de um processo que não agride o meio ambiente.
Além de benefícios para pessoas em tratamento contra o câncer, os resultados dos estudos ainda despontaram como responsivos em questões referentes a informações crônicas, à fertilidade, ao Alzheimer, mal de Parkinson e outras neuroinflamações por exemplo. “Durante a apresentação, ficou evidenciada a relevância do trabalho e o alinhamento com o que a Agência Internacional de Energia Atômica tem proposto para o enfrentamento do micro e nanoplástico”, avaliou Santos-Oliveira.
Ele também apresentou as parcerias que já estão sendo desenvolvidas a partir dos bons resultados revelados pelas análises do grupo da CNEN. Dentre elas, destacam-se empresas de calçados de borracha e de roupas à base de tecido tecnológico, tendo em vista que as técnicas utilizadas renderam mais durabilidade e ausência de mau odor aos produtos. Em outra frente de atuação, a equipe CNEN coordenada por Santos-Oliveira e o CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) está viabilizando uma parceria público-público, que permitirá ajudar pacientes com hemofilia.
Para Ralph Santos-Oliveira, “o Brasil fez um belíssimo trabalho na conferência da AIEA e conseguiu, mais uma vez, demonstrar a sua relevância no cenário nacional e internacional, com toda a qualidade dos trabalhos que têm sido desenvolvidos pelos seus institutos de pesquisa associados que têm ativamente trabalhado na melhoria do uso da radiação, um uso social, um impacto profundo dentro do cenário global e alinhado com as perspectivas internacionais”, considerou.