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Dia 10/10
Atividades virtuais marcaram 64 anos da CNEN e participação no MNCTI
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Uma palestra institucional sobre a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), realizada virtualmente pelas redes sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), abriu a programação deste dia 10 de outubro. A data é o aniversário de 64 anos da CNEN e também o dia da Comissão no Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações (MNCTI), organizado pelo MCTI.
No encontro virtual, iniciado às 9 horas, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN – Madison Coelho de Almeida - e o diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear - Ricardo Fraga Gutterres apresentaram as atividades da CNEN, seus desafios e projetos. Eles também lembraram os 64 anos da instituição, destacando a trajetória de conquinstas das últimas décadas, o importante papel que exerce atualidade, o empenho e a elevada capacitação de seus profissionais.
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Na palestra das 11 horas, o Dr. Dr. Márcio Tadeu Pereira, pesquisador do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), unidade da CNEN em Belo Horizonte (MG) abordou o tema O que é irradiação? E irradiação gama?
Ele apresentou as característica deste tipo de radiação ionizante, detalhou a diferença entre radioatividade e irradiação e explicou como ocorre uma irradiação gama e quais são seus usos, entre os quais vale destacar: esterilizações, atenuação de hemoderivados, agregação de valor a gemas (coloração de gemas), combate a pragas agrícolas e a insetos transmissores de doenças e pesquisas diversas.
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Às 12 horas, na última palestra da manhã, a Dra. Lidia Vasconcellos de Sá falou sobre Segurança radiológica na saúde e no meio ambiente. A pesquisadora do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN), unidade da CNEN no Rio de Janeiro, mostrou como a radiação ionizante faz parte do ambiente de vida da raça humana, estando presente, por exemplo, nos raios cósmicos e em materiais radioativos de ocorrência natural no solo, na água e mesmo em alimentos.
Abordou também os principais usos das radiações ionizantes na vida cotidiana, que ocorrem em uma ampla variedade de propósitos benéficos à sociedade, como na indústria, medicina, agricultura, na pesquisa e na educação. Falou ainda do s mecanismos de controle estabelecidos internacionalmente, a infraestrutura existente no país para assegurar a segurança de operações rotineiras e, ainda, os mecanismos de resposta e mitigação a possíveis incidentes e acidentes em várias práticas que envolvem o uso das radiações ionizantes.
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A programação da CNEN foi retomada na parte da tarde com a palestra O que são radiofármacos e como eles nos diagnosticam e nos curam. O Dr. Emerson Soares Bernardes, pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), unidade da CNEN na cidade de São Paulo, explicou que radiofármacos são moléculas que, quando acopladas a um radioisótopo, adquirem propriedades diagnósticas ou terapêuticas.
Estas moléculas são utilizadas não apenas para diagnosticar e tratar processos patológicos, como o câncer, mas também para monitorar o funcionamento de vários órgãos, como coração, rins, entre outros.
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Um ponto de destaque na programação ocorreu às 16 horas. O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Paulo Roberto Pertusi, foi entrevistado pelo engenheiro Daniel Fonseca Lavouras. Na entrevista, foi ressaltada a data do aniversário de 64 anos da CNEN, com referência à competência e relevância da instituição demonstradas nestas mais de seis décadas de atividade. “Quero parabenizar a todos os nossos servidores e colaboradores, que fazem a CNEN ser a grande instituição que é”, declarou o presidente.
Respondendo a questionamentos do entrevistador, Pertusi teve a oportunidade de falar mais detalhadamente sobre as atividades da CNEN. Ele ressaltou a relevância da Comissão para o desenvolvimento das aplicações da energia nuclear em diversas áreas, em benefício da sociedade brasileira. Falou também do empenho e profissionalismo da instituição para garantir que o uso de tecnologias nucleares ocorra dentro de elevados padrões de segurança.
Pertusi abordou ainda os desafios e projetos da instituição e as ações em curso para criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), que absorverá as funções e responsabilidades da CNEN quanto ao licenciamento e controle do setor nuclear brasileiro.
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Os Projetos Estruturantes do Setor Nuclear foram o tema da palestra que iniciou às 17 horas. Nesta que foi a atividade de maior duração dentro da programação da CNEN, dois coordenadores-gerais da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) da Comissão focaram em apresentar projetos que terão grande impacto na área nuclear do País, trazendo considerável desenvolvimento para o setor e também grandes benefícios em diferentes segmentos sociais.
Os Drs. Francisco Rondinelli Júnior (Coordenação-Geral de Aplicações das Radiações Ionizantes) e Orlando João Agostinho Gonçalves Filho (Coordenação-Geral de Ciência e Tecnologia Nucleares) mostraram a relevância e o atual estágio de desenvolvimento de três projetos centrais do setor nuclear brasileiro que estão sob a coordenação da Comissão Nacional de Energia Nuclear:
- Reator Multipropósito Brasileiro (RMB)
- Laboratório de Fusão Nuclear (LFN)
- Repositório para Rejeitos de Baixo e Médio Nível de Radiação ( RBMN )
Para assistir à palestra e conhecer mais sobre estes projetos estruturantes liderados pela CNEN, clique aqui.
Neste dia de comemoração dos 64 anos da CNEN e de realização de ações de popularização da ciência, a programação da instituição foi ampla e diversificada, com atividades virtuais sendo realizadas até o início da noite. O último tema tratado foi O que é o combustível nuclear e como ele promove progresso e saúde. A palestra, que iniciou às 19 horas, foi proferida pela Dra. Elita Fontenele Urano de Carvalho, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN), unidade da CNEN na cidade de São Paulo.
Ela ressaltou que o Brasil faz parte de um seleto grupo de países com jazidas de urânio e tecnologia de enriquecimento deste minério. Com isso, o País possui produção do combustível nuclear - em forma de pastilhas e placas - para abastecimento de reatores nucleares, sejam eles de pesquisa, sejam de potência. A pesquisadora explicou como ocorre esta produção, apresentando o ciclo do combustível nuclear, da mineração ao produto final. Abordou ainda as diversas aplicações realizadas com alvos irradiados de urânio, salientando as inúmeras possibilidades de benefício para a Medicina Nuclear e outros segmentos e também para a pesquisa básica e aplicada.
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