Ação institucional conjunta viabiliza transporte de insumos para radiofármacos

A atuação conjunta de várias instituições no Brasil e no exterior possibilitou o transporte de material destinado à produção de radiofármacos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para atendimento à sociedade, mesmo durante a atual situação de pandemia do Coranavirus. A ação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da CNEN, juntamente com a Casa Civil da Presidência da República e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) possibilitou que houvesse eficaz coordenação do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN) para que os radiosótopos chegassem de forma segura ao seu Centro de Radiofarmácia em 06 de abril.

Representantes dessas instituições, além da Embaixada Brasileira em Pretória, acionaram canais junto ao fornecedor dos radioisótopos na África do Sul. Assim, o voo SA 2224, utilizado para transporte de brasileiros em repatriação, também trouxe 400 kg de material destinado ao IPEN/CNEN. Foram entregues cerca de 300 kg de Mo-99 e 100 kg de I-131, peso esse que inclui a blindagem dos radioisótopos.

Esses produtos são essenciais para procedimentos de diagnósticos e de terapia em medicina nuclear no País. O Molibdênio-99 e o Iodo-131, principais insumos para o IPEN/CNEN, são importados atualmente da Rússia, da África do Sul e da Holanda. Essa unidade da CNEN, localizada em São Paulo, é responsável pelo fornecimento de cerca de 85% dos radiofármacos para uso em terapias e diagnósticos no Brasil. 

Já em março deste ano, representantes dos fornecedores no país relatavam dificuldades logísticas, principalmente em termos de voos. Tal situação foi comunicada aos clientes do IPEN, hospitais e clínicas que se utilizam dos radiofármacos. Desde então, esse trabalho de coordenação logística vem sendo feito para que insumos oriundos do exterior não faltem na produção dos radiofármacos.

A CNEN tem atuado, desde o início da crise, juntamente com seus Institutos produtores, o IPEN/CNEN, o CDTN/CNEN e o IEN/CNEN, no sentido de que o MCTIC e os demais órgãos do Governo Federal sejam assessorados no Centro de Coordenação de Operações, no âmbito do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da COVID-19. Espera-se, em semanas, a completa normalização da cadeia global de insumos desses radioisótopos.