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Ministério das Cidades simula situações reais de trânsito com visitantes no salão de automóveis
O primeiro a realizar o teste, foi Nicolas Domebranhi, 18 anos, que tirou a carteira de motorista há menos de um ano. Primeiramente, ele testou o simulador normalmente e não cometeu nenhum erro grave. Em seguida, dirigiu falando ao celular e perdeu algumas percepções básicas. Quando falou no celular, Nicolas subiu no meio fio, excedeu duas vezes a velocidade permitida e não manteve as duas mãos no volante. Já ao digitar uma mensagem, ele excedeu a velocidade cinco vezes, não se manteve em uma faixa e só colocou o cinto de segurança depois que o veículo começou a andar.
O comerciante, André Luiz Rodrigues, de 36 anos, contou que já bateu o carro três vezes, por falta de atenção ao falar no celular. Ele aprovou o equipamento e "acredita que a obrigatoriedade do simulador nas autoescolas formará motoristas muito mais conscientes e preparados para reduzir os acidentes no país". André, que dirige desde 1994, ao falar ao celular no teste do simulador, passou da velocidade permitida da via seis vezes, o que comprova que são duas ações que não combinam.
Já Jéssica Ribeiro, 19 anos, está na 10ª aula prática para retirar a habilitação e apenas cometeu pequenos erros, como não acionar a seta para mudar de faixa e pressionar a embreagem para sair. Ela observou que se tivesse tido a experiência de utilizar o simulador de direção antes de dirigir nas ruas, sua percepção seria bem melhor. "Muito melhor ir para a rua preparada e já tendo uma noção. Até porque é perigoso para todos", disse.
Também com 19 anos e motorista recente, Henrique Marques, já havia bebido alguns copos de chope antes de sentar no simulador e foi o campeão de infrações do dia. Durante o trajeto, ele dirigiu a 170 km, esqueceu de ligar a seta e o limpador durante a chuva, não ligou o farol na neblina, não usou o freio corretamente e excedeu a velocidade três vezes. Ao final, Henrique reconheceu que o equipamento "é um excelente treinamento para os futures motoristas".
Mariane do Amaral, de 25 anos, já tentou entrar na autoescola e dirigir algumas vezes, mas o medo impediu. Desafiada a utilizar o simulador, ela elogiou o equipamento e acredita que é a ação do MCidades ajudará a diminuir os número de acidentes e quem tem medo de dirigir.
Outro motorista, Breno Cezar, de 26 anos, possui habilitação há oito anos e já bateu o carro. Segundo ele, "este primeiro contato é muito válido para não formar apenas motoristas e sim pessoas conscientes". Ele enviou mensagens e conversou ao celular durante a simulação, cometendo os seguintes erros: excesso de velocidade, no pegou no volante corretamente e não se manteve na faixa correta.
A aposentada Miriam Margareth tem muitas histórias para contar quando o assunto é trânsito. Ela tem um filho que acabou de tirar a carteira de motorista e precisou de auxílio do pai para ir para as ruas. Na sua opinião, os atuais motoristas estão sem consciência nenhuma no trânsito e o simulador traria mais preparação.
Os amigos Philipe Belfort e Felipe Carvalho vieram curtir o salão do automóvel à noite e aceitaram testar suas habilidades após terem consumido algumas bebidas alcoólicas. O primeiro foi Philipe, que dirige somente há um ano e não conseguiu se manter na faixa correta, excedeu a velocidade e esqueceu algumas sinalizações básicas. Já Felipe assumiu que bebe e dirige em algumas ocasiões voltando de festas. Assim como o amigo, ele não conseguiu manter o limite de velocidade e cometeu diversas infrações.