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Vilas produtivas Quixeramobim e Uri recebem capacitações do Projeto São Francisco
Planejamento para sustentabilidade e organização administrativa e fiscal foram temas abordados nos cursos
O Projeto de Integração do Rio São Francisco promoveu uma nova etapa de capacitações para conselheiros e diretoria da associação de moradores das vilas produtivas rurais Quixeramobim, em São José de Piranhas (PB), e Uri, localizada no município de Salgueiro (PE). Líderes das duas comunidades foram orientados sobre organização administrativa e fiscal e planejamento para sustentabilidade. A iniciativa integra um conjunto de ações que buscam fortalecer as inter-relações sociais, econômicas e ambientais das famílias que residem na faixa de obra do projeto.
Moradora da vila Uri, Francisca Alves Ferreira, considerou o conteúdo apresentado importante para o fortalecimento da comunidade. "Vamos, inclusive, procurar ter mais diálogo para solucionar questões que são do dia a dia", pontuou. Cícera Tavares, da vila rural Quixeramobim, reforçou o aproveitamento das informações e o envolvimento de todos. "Assim, nossa comunidade pode progredir mais e mais", acrescentou Cícera.
As vilas produtivas foram criadas para reassentar famílias deslocadas por conta das obras do Projeto São Francisco. A maioria delas morava de forma dispersa, isoladas umas das outras. Viver em comunidade tem criado novas rotinas, como a organização comunitária, estimulada por cursos de capacitação oferecidos pelo projeto. Mais de três mil pessoas já participaram da ação, realizada em fases e módulos diferenciados. A formação abrange temas como produção e sustentabilidade, mobilização e participação social, dentre outros.
No total, 623 famílias já estão reassentadas em 16 vilas produtivas nos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará. O projeto beneficiará 848 famílias em 18 vilas, com investimento superior a R$ 207 milhões. A previsão é que duas novas sejam entregues ainda este semestre, no Ceará.
Cada vila produtiva rural é constituída por um setor residencial e um setor produtivo. O primeiro é composto por casas de alvenaria de 99 m² de área construídas em lotes de meio hectare. Dispõem de rede de água, esgoto e energia elétrica, posto de saúde, escola, espaço de lazer e áreas destinadas ao comércio e à construção de templos religiosos. Já o setor produtivo tem no mínimo cinco hectares por beneficiário, sendo um destinado à irrigação.