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Uso racional da água é discutido na 1ª Semana do Meio Ambiente da Codevasf
A água foi o principal tema debatido nesta quarta-feira (01/06), na 1ª Semana do Meio Ambiente da Codevasf, promovida por meio da Gerência de Meio Ambiente. O evento acontece até a próxima sexta-feira (03/06), na sede da empresa em Brasília (DF). O tema é "O mundo que você quer depende do que você faz por ele. Pense nisso...".
Os primeiros resultados das ações de revitalização da microbacia do riacho do Tigre, no município baiano de Paulo Afonso, foram apresentados pelos engenheiros Sérgio Alves e Círio José, da Unidade de Conservação de Água, Solo e Recursos Florestais da Codevasf. O trabalho engloba práticas para conter erosões, como a construção de terraços e de bacias de captação de água ao longo das estradas, para evitar prejuízos à infraestrutura em virtude das chuvas.
Na sequência, o representante da Agência Nacional de Águas (ANA), Flávio Hermínio de Carvalho, falou sobre Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), mecanismo que remunera ou recompensa quem protege o meio ambiente. De acordo com o especialista, a agência reguladora já desenvolve uma ação nesse sentido. Trata-se do Programa Produtor de Água, que apóia, orienta e certifica projetos que visem à redução da erosão e do assoreamento de mananciais no meio rural. Esses projetos preveem a remuneração de produtores que se proponham a adotar práticas e manejos de conservação do solo e da água em suas terras.
Os benefícios do Programa 1 Terra e 2 Águas (P1+2) para o Semiárido foram assunto da palestra ministrada pelos engenheiros da Codevasf, Roberto Hiroshi Kubo e Gláucia Oliveira. A iniciativa é desenvolvida pela Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Codevasf e outros parceiros com o objetivo de garantir abastecimento de água à população rural a partir da captação da água da chuva.
Para encerrar o segundo dia do evento, o chefe da Unidade de Gestão de Recursos Hídricos da companhia, Elton Cruz, apresentou, entre outros pontos, a questão da cobrança de taxas pelo uso dos recursos hídricos. Com relação ao rio São Francisco, essa cobrança teve início em julho de 2010. Segundo ele explicou, o objetivo desse instrumento legal é incentivar a racionalização do uso da água e obter recursos para financiar programas para melhorar a qualidade das bacias hidrográficas.