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SNSA organiza oficina de trabalho para apresentar experiências nacionais e internacionais sobre o reuso de efluente sanitário
A Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA), do Ministério das Cidades, organizou nos dias 5 e 6 de dezembro a 1ª Oficina de Trabalho relacionada à “Proposta do Plano de Ações para instituir uma política de reuso de efluente sanitário tratado no Brasil”, no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Setor Água – INTERÁGUAS. A Oficina aconteceu na sede do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), em Brasília.
O evento teve como objetivo apresentar as experiências nacionais e internacionais sobre o tema de reuso, fazer uma avaliação preliminar do potencial de reuso de efluente sanitário tratado no Brasil e realizar uma discussão preliminar do quadro regulatório e dos critérios de qualidade dos efluentes. Ao todo, serão realizadas três oficinas, cinco seminários regionais e um seminário nacional.
Para o diretor do Departamento de Articulação Institucional da SNSA, Ernani Ciríaco, o reuso de água representa uma grande contribuição para vencer a crise hídrica que vivemos em diversas regiões do Brasil e pode significar, em muitos casos, uma alternativa mais barata de acesso à água para a agricultura, a indústria, o abastecimento humano, os serviços urbanos, o corpo de bombeiros, dentre outros.
Segundo Ciríaco, a Secretaria Nacional de Saneamento está com um estudo em desenvolvimento que irá traçar um panorama geral das experiências de reuso no Brasil e no mundo, para ao final propor linhas de ação sobre o tema, de forma a se construir uma cultura de reuso de água, hoje inexistente no país. “O estudo irá ainda propor parâmetros para compor as diretrizes de regulação sobre a matéria, sobretudo no que diz respeito aos requisitos de qualidade da água nas diversas categorias de reuso”, explicou.
De acordo com o diretor Ernani, a Secretaria Nacional de Saneamento irá promover em 2017 outras rodadas de discussão em oficinas de trabalho, seminários e encontros regionais para debater e aprofundar o assunto no meio técnico e no campo institucional. “Isto porque já que existem diversas iniciativas de leis em discussão sobre esta matéria, fazendo-se necessário aprofundar o debate para que o País possa ter uma boa legislação nesta área”, concluiu.
A Oficina de Trabalho contou com a participação do representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil, Hernán Chiriboga; os representantes da empresa de consultoria CH2M, contratada pelo Programa INTERÁGUAS para executar os trabalhos, Bill Kreutzberger, Helene Kubler e Bárbara Andrade; os especialistas Ivanildo Hespanhol e Gesner Oliveira, além de representantes de diversas instituições do setor, de órgãos governamentais que possuem interface com Projeto e do Banco Mundial.