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Rio de Janeiro debate ações de proteção e defesa civil em conferência estadual
Discussões ocorreram nesta sexta-feira (23), no Centro de Convenções da SulAmérica, no Rio de Janeiro
Marco para o avanço das ações de defesa civil no Rio de Janeiro, as consequências das intensas chuvas ocorridas no Estado entre os anos de 2009 e 2010 pautaram a 2ª Conferência Estadual de Proteção e Defesa Civil (2ª CEPDC). Realizada nesta sexta-feira (23), o evento reuniu mais de 500 pessoas, incluindo representantes de 91% dos municípios fluminenses, que debateram propostas de proteção e defesa civil priorizando a prevenção de riscos de desastres.
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior, destacou a importância da realização da 2ª Conferência Nacional de Proteção e Defesa Civil (2ª CNPDC) para mobilizar e motivar a população para o tema. "Este evento traz a sociedade para o debate. Isto é de extrema importância, pois colabora para a conscientização sobre os riscos", afirmou. O secretário desejou ainda que "o Rio de Janeiro leve o resultado das discussões para a etapa nacional e colabore da melhor maneira com o Sistema Nacional de Defesa Civil".
As lições aprendidas no passado refletem-se nas boas práticas do Estado, como a recente iniciativa de envio de alertas por SMS implementada em parceria com operadoras de telefonia. Além disso, diversas ações de prevenção estão em andamento. Atualmente, 34 municípios do Estado, incluindo a capital, já possuem sistema de alerta e alarme, que avisam a população nas situações onde há riscos. "Temos consciência do quanto avançamos e de como ainda precisamos avançar", declarou durante a abertura da conferência o secretário Estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões.
Para Simões, a 2ª CEPDC reforça e colabora para a mudança no Sistema Nacional de Defesa Civil. "A população tem o direito de saber o risco que está correndo nas áreas onde vivem", complementou. O secretário Estadual destacou a adesão dos municípios fluminenses no processo conferencial, que, segundo ele, demonstra a mudança na cultura. "Os gestores de Defesa Civil carregam uma responsabilidade, pois temos o compromisso com a vida", disse.
A abertura também contou com a presença do membro da Comissão Organizadora Nacional da 2ª CNPDC deputado federal Glauber Braga. O parlamentar foi enfático ao afirmar que a Defesa Civil ainda tem desafios a enfrentar. "É inegável que houve avanços no Rio de Janeiro, mas ainda temos passos a seguir, como a regulamentação da Lei 12.608/12 e da atividade dos agentes de defesa civil", declarou. Na ocasião, Braga fez um apelo para a batalha cultural. "É preciso passar de uma cultura reativa, quando agimos somente após o desastre ocorrer, para uma cultura preventiva. E esta é uma tarefa de cada um de nós".
A abertura foi encerrada pelo chefe do Centro de Excelência de Redução do Risco de Desastres da UNISDR, David Stevens. "Não queremos que a Defesa Civil seja lembrada somente pelos desastres, mas pela prevenção dos riscos e que as perdas de vidas sejam evitadas", disse. Stevens afirmou que os resultados provenientes da 2ª CNPDC serão levados para a Conferência Mundial sobre Redução de Risco de Desastres, que será realizada no Japão, em 2015.
Resultados
Após as discussões, a 2ª Conferência Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio de Janeiro enviará dez princípios e 30 diretrizes para a 2ª CNPDC, que será realizada de 4 a 7 de novembro, em Brasília. Além disso, o Rio de Janeiro elegeu os 100 delegados que representação o Estado na etapa nacional. Os debates ocorreram no Centro de Convenções SulAmérica, na cidade do Rio de Janeiro.