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RIO+20 - Obra do São Francisco garante execução de programas ambientais e paleontológicos
Rio de Janeiro (RJ) - Nem só de obras é feito o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). No estande do Ministério da Integração Nacional na Rio+ 20 é possível conhecer dois dos 38 programas ambientais necessários para a execução da obra que vai levar água para 390 municípios do semiárido brasileiro.
O Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos é um dos destaques da exposição no Píer Mauá. Lá podem ser vistos alguns dos achados paleontológicos na região do PISF. Ossos de uma preguiça gigante (Eremotherium sp) de aproximadamente 6 metros foram encontrados na Lagoa Uri de Cima, no Município de Salgueiro (PE), durante as obras.
Os vestígios, de 12 mil anos, impressionam pelo bom estado de conservação, o que permite a perfeita visualização de formatos e tamanhos. Em termos de importância científica, os arqueólogos destacam a presença de material de manufatura humana no mesmo nível dos ossos, indicando uma provável interação entre o homem e o enorme animal. O achado é inédito na região.
Os visitantes ficam encantados com os ossos: "Achei muito interessante e está bem explicado, vale a pena vir aqui para mostrar aos meninos esse lado histórico", contou a aeronauta Alina Borges, que visitou o estande com a filha e o marido.
Conservação de Fauna - Outro programa que pode ser conferido no estande é o de Conservação de Fauna. Com recursos do Ministério da Integração Nacional foi construído o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), localizado na Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina (PE).
O centro é uma unidade de triagem de animais silvestres, que tem como objetivo principal o manejo e tratamento da fauna resgatada e monitorada na área de influência do PISF. A equipe do Cemafauna já resgatou mais de 9.700 animais. O processo de resgate dos animais se inicia antes da execução das obras.
Equipes de especialistas monitoram e analisam as espécies encontradas no trecho, que são levadas para o centro, para tratamentos e estudos e posterior recondução ao seu habitat.
O estudante carioca Emerson Gomes ressalta o valor dessa iniciativa: "É importantíssimo estudar novas espécies de animais para saber mais sobre a rotina, o que eles fazem e do que se alimentam", afirmou.
Clique aqui para saber mais informações sobre os Programas Ambientais executados pelo Projeto de Integração do São Francisco.