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Reciprocidade internacional contribui para aprimorar políticas habitacionais, diz ministro
O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou hoje (03/09) que ações de reciprocidade entre países são formas de adquirir conhecimento e aprimorar ainda mais as políticas públicas para o setor de habitação de interesse social. Essa declaração foi feita durante a 50ª Conferência Interamericana sobre Habitação da União Interamericana para a Habitação (Uniapravi) e 29º Congresso Mundial da União Internacional pelo Financiamento Habitacional (IUHF), realizados conjuntamente no Rio de Janeiro.
“A reciprocidade faz com que avancemos em políticas públicas habitacionais que, inquestionavelmente, respondem ou são os principais pilares de desenvolvimento de qualquer país, em especial no campo social”, disse Kassab. “O Brasil não é um país que precisa muito de avanço em políticas habitacionais, porque, felizmente, isso tem acontecido com base nas nossas ações e com o conhecimento que aprendemos aqui e experiências de outros países e cidades”, completou.
O ministro das Cidades disse ainda que a área de habitação é uma das principais responsáveis pela geração de emprego e que a construção civil, “nas últimas décadas”, assumiu um papel relevante no desenvolvimento brasileiro e na solução dos problemas sociais. Gilberto Kassab falou dos programas realizados pelo Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Habitação, e destacou o Programa Minha Casa, Minha Vida como o principal entre as ações voltadas à habitação de interesse social.
“Esse programa já contratou 4 milhões de unidades em pouco mais de seis anos e nas próximas semanas irá contratar mais três milhões de unidades, totalizando, em nove anos, sete milhões de imóveis”, explicou, ressaltando que não é o único desenvolvido e executado pelo governo federal. De acordo com o ministro, considerando-se a média de quatro pessoas por família, o MCMV atenderá 28 milhões de pessoas num prazo de nove anos.
“O Brasil, segundo o IBGE, tem 204 milhões de habitantes, portanto os beneficiários do MCMV representarão quase 15% da população brasileira em 9, 10, 11 anos”, afirmou.
Impacto econômico - Kassab lembrou ainda que o programa movimenta a cadeia da construção civil, gerando empregos, melhores condições de vida e elevação do patamar e dos índices sociais do Brasil. “É evidente que esses avanços aqui no Brasil, assim como nos seus países, não se dão apenas por conta da construção civil, das nossas políticas vinculadas a engenharia e seus avanços, mas pela integração de esforços de trabalho com modelos de financiamento. Uma política de habitação que não seja lastreada em políticas de financiamento público, em convivência com as instituições públicas e privadas, jamais serão bem sucedidas”, assegurou o ministro.
A Conferência Mundial de Habitação, realizada pela União Inter-American Habitação (UNIAPRAVI) e pela União Internacional para Housing Finance (IUHF), em cooperação com a Associação Brasileira das Instituições de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP), acontece até amanhã (4) no Rio de Janeiro. Com o tema "A demanda e dados demográficos: desafios e oportunidades para o mercado de Habitação e Financeiro da Habitação", o evento oferece programação de networking com líderes de financiamento de habitação por parte dos governos, indústria, cooperativas, organizações não-governamentais e outras entidades setoriais, com participantes dos cinco continentes.