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Projetos que incentivam desenvolvimento regional serão premiados
Inscrições para o Prêmio Celso Furtado poderão ser feitas pela internet, no período de 1º de junho a 31 de julho
Fomentar, discutir e divulgar estratégias que contribuam para o desenvolvimento regional em todo o país. Estes são desafios da quarta edição do Prêmio Celso Furtado, promovido pelo Ministério da Integração Nacional. A iniciativa, realizada desde 2010, pretende impulsionar a elaboração e a execução de projetos e estudos que estimulem o crescimento de municípios e de regiões, levando em conta as potencialidades e a realidade local. A edição deste ano homenageará o geógrafo brasileiro Milton Santos. As inscrições poderão ser realizadas no período de 1º de junho a 31 de julho de 2017. O prêmio para o primeiro colocado será de R$ 15 mil.
O projeto inova nesta edição com a inclusão de categorias específicas para as regiões Amazônica, do Nordeste (semiárido) e do Centro-Oeste (faixa de fronteira), áreas de atuação das Superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e do Centro-Oeste (Sudeco). A proposta reforça a valorização dos recursos e as especificidades culturais, sociais, econômicas e ambientais das localidades, com o objetivo de criar condições reais para redução de desigualdades.
O número de participantes no Prêmio cresce a cada edição. Na primeira, realizada em 2010, foram 500 inscritos. Em 2012 o número cresceu para 700 e na última edição, em 2014, foram mais de 880 trabalhos. Os brasileiros Celso Furtado, Rômulo de Almeida e Armando Dias Mendes foram os homenageados nas outras séries pela atuação marcante na condução do processo de reconhecimento político, social e econômico da questão regional brasileira e de inserção do tema na agenda de governo e no centro do debate nacional.
Como se inscrever - Os interessados devem se inscrever no período 1º de junho a 31 de julho de 2017, pelo endereço eletrônico www.integracao.gov.br/premio.
Seis categorias - Produção do Conhecimento Acadêmico; Práticas Exitosas de Produção e Gestão Institucional; Projetos Inovadores para Implantação no Território; Amazônia - Tecnologia e Inovações para o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA); Centro-Oeste - Desenvolvimento para a Faixa de Fronteira; e Nordeste - Inovação e Sustentabilidade.
Prêmios - Os primeiros e segundos colocados das seis categorias receberão R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente.
Público-alvo - Pesquisadores com vínculo atual ou passado a instituição de ensino superior do País ou do exterior, desde que o trabalho seja elaborado e inscrito por brasileiro e o objeto de estudo se relacione a um tema ligado à questão regional brasileira; pessoas vinculadas às instituições públicas, privadas, paraestatais, entidades de classe, agências e companhias que promovam o desenvolvimento regional; pessoas vinculadas a instituições como Organizações Não Governamentais (ONGs), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), Organizações Sociais, cooperativas, associações, fóruns, consórcios e conselhos vocacionadas ao desenvolvimento regional; autônomos com atividades relacionadas à temática; e jovens entre 18 e 29 anos preparados pelo curso de agente de desenvolvimento local.
Julgamento das propostas - Uma comissão composta por especialistas selecionará, num primeiro momento, os 15 melhores trabalhos de cada categoria. Na segunda etapa, dois trabalhos são escolhidos para cada categoria.
O homenageado - Milton Santos foi um geógrafo brasileiro considerado por muitos como o maior pensador da história da Geografia no Brasil e um dos maiores do mundo. Conquistou, em 1994, o Prêmio Vutrin Lud, o Nobel de Geografia, sendo o único brasileiro e o primeiro geógrafo fora do mundo Anglo-Saxão a vencer o prêmio.
Milton Santos recebeu também o prêmio Jabuti em 1997 para o melhor livro de ciências humanas - A Natureza do Espaço. Foi professor da Universidade de São Paulo e lecionou, ainda, em inúmeros países, com destaque para a França. Com mais de 40 livros publicados em diversos países, faleceu em 2001, aos 75 anos.