Programas ambientais do Projeto São Francisco despertam interesse de estudantes de engenharia da Universidade de Brasília

Estudantes de engenharia civil e ambiental da Universidade de Brasília (UnB) conheceram, nesta quinta-feira (13), as principais ações do Ministério da Integração Nacional para preservação dos biomas das áreas de abrangência do Projeto de Integração do São Francisco. A palestra, proferida pela coordenadora-geral de programas ambientais Elianeiva Odísio, fez parte da programação da XIII Semana de Engenharia Civil e Ambiental da Faculdade de Tecnologia.

"Os programas ambientais vão reduzir impactos nocivos e potencializar os impactos positivos da obra", explicou Elianeiva Odísio aos estudantes. Os investimentos em programas ambientais, de quase R$ 1 bilhão, representam 12% do total de recursos investidos na obra. São 38 projetos ambientais, que contemplam múltiplas áreas, entre as quais, preservação, compensação e educação ambiental.

Os programas ambientais executados pelo Ministério da Integração Nacional chamaram a atenção dos estudantes presentes no Auditório da Faculdade de Tecnologia da UnB. "A obra chegou para mudar o histórico da região. É muito bom ver vários projetos auxiliando o projeto principal", destacou o estudante de engenharia Ciro Sampaio. Para ele, a obra essencial para o desenvolvimento do Nordeste.

Estudante do último ano de Engenharia Civil, José Maycon de Araújo salientou os aspectos sociais da obra. "É importante trazer água para o Nordeste, amenizar a seca na região. Uma obra voltada para os recursos hídricos motiva meu interesse nessas áreas", avaliou.

As estratégias socioambientais do Projeto São Francisco são direcionadas, principalmente, às comunidades rurais, quilombolas e aos povos indígenas. As ações abrangem programas de capacitação e empreendedorismo. Além disso, profissionais especializados atuam no Programa de Salvamento de Bens Arqueológicos, que tem como objetivo resguardar e preservar sítios arqueológicos. "Descobrimos esqueletos de mastodonte, preguiças e tatus gigantes", contou Elianeiva Odísio. O material recolhido é enviado à Fundação Museu do Homem Americano (Fundam) localizada no município de São Raimundo Nonato, no Piauí.