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Programa de financiamento estudantil do FNE recebe prêmio internacional por estimular inclusão educacional
Brasília (DF) – O programa de financiamento estudantil FNE P-Fies, que integra a carteira de linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), recebeu um prêmio internacional por estimular a inclusão educacional. A honraria foi concedida pela Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento (Alide). O reconhecimento do Prêmio Alide 2022 foi a de melhor prática entre instituições de desenvolvimento na categoria “produtos financeiros”.
Os recursos do FNE são administrados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e concedidos por meio do Banco do Nordeste, aquecendo a economia e gerando emprego e renda nas regiões atendidas pela Sudene: Nordeste e as partes norte do Espírito Santo e de Minas Gerais.
“Esse é um reconhecimento do trabalho desempenhado pela Sudene e pelo Banco do Nordeste. Também reflete a importância da política pública adotada, voltada a melhorar os índices educacionais na área de abrangência da Superintendência”, reforça o superintendente da Sudene, general Carlos César Araújo Lima.
O FNE P-Fies funciona desde 2017 e visa proporcionar o acesso à formação profissional com o financiamento de 100% do valor da mensalidade. Para conseguir o financiamento, o estudante precisa ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir de 2010, e obtido média das notas das provas igual ou superior a 450 pontos, além de ter nota maior que zero na redação. Além disso, os alunos devem estar regularmente matriculados em instituições de ensino de cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva e cadastrados pelo Ministério da Educação.
Só nos quatro primeiros meses de 2022, foram aplicados R$ 11 milhões no FNE P-Fies, valor equivalente à metade do que foi realizado durante todo o ano de 2021. Para balizar a aplicação dos recursos do FNE no programa, a Sudene elaborou um estudo em 2018 indicando as áreas de ensino prioritárias para a concessão de financiamento estudantil, considerando as vocações produtivas regionais e locais para minimizar as carências efetivas ou potenciais do mercado de trabalho: engenharia, produção e construção; ciências, matemática e computação; agricultura e veterinária; educação; saúde e bem-estar social.
O estudo concluiu que estes campos do saber são importantes agentes para a instalação de infraestrutura, o desenvolvimento de projetos baseados em tecnologia da informação, comunicação e inovação e o estímulo ao setor agropecuário. Além disso, também contribui com a formação de profissionais para suprir a carência em educação básica e auxiliar a execução das políticas públicas na área da saúde.
“O apoio à educação é fundamental para combater as desigualdades na formação dos jovens, contribuindo para criar oportunidades de forma mais justa”, reforça o general Araújo Lima.