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Produção de cacau no Xingu ganha incentivos
Edital do Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu receberá projetos que estimulem o cultivo do fruto até 3 de outubro
A qualidade e o volume de cacau produzidos no Xingu têm chamado atenção do mercado nacional. A região já é uma das principais fontes do produto no País, abastecendo os Estados de São Paulo e Bahia, com mais de 90 mil toneladas de amêndoas por ano. Para ampliar a cadeia produtiva local do fruto, o Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (CGDEX), coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, lançou um edital que tem como um dos objetivos incentivar projetos que estimulem o desenvolvimento sustentável.
Parte dos recursos previstos no edital faz parte das ações da Câmara Técnica de Fomento à Atividade Produtiva do PDRS Xingu, coordenada pelo Ministério da Integração Nacional, que visam o investimento em infraestrutura, aquisição de equipamentos e capacitação dos produtores de cacau. O foco é melhorar a vida de 400 mil pessoas que residem nos municípios de Altamira, Anapú, Brasil Novo, Gurupá, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu. Os interessados poderão enviar seus trabalhos para o CGDEX, no endereço projeto2014@pdrsxingu.org.br , até 3 de outubro.
Segundo a secretária, os investimentos buscam incentivar a produção dos derivados do cacau. "A atividade cresce cerca de 15% a cada ano. O objetivo da câmara técnica é fomentar ainda mais essa produção, não só para abastecer o mercado local com amêndoas e derivados mas com subprodutos, como óleos, chocolates, sabonetes, entre outros", explica a secretária de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, Adriana Alves.
Ainda de acordo com Adriana os setores econômicos priorizados no edital atendem às demandas manifestadas em consultas públicas realizadas em diversos municípios da região durante os meses de junho e julho de 2014. "Além do cacau, também vamos investir na produção de grãos e alimentos destinados à merenda escolar. A inclusão produtiva no Xingu prevê ações de baixo impacto ambiental. A ideia é aproveitar ao máximo a matéria-prima existente e reduzir as perdas, garantindo a melhoria de vida do agricultor familiar e intensificando a economia", afirma.
Parceiros
Segundo a Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (Ceplac), o cenário benéfico no Norte favorece a geração de emprego e renda na região. Existem mais de dez mil empregos ligados diretamente à cadeia, e cerca de 1.500 novos produtores a cada safra. O superintendente adjunto da Ceplac do Pará, Raymundo Mello, afirma que a contribuição gerada pelos programas de incentivo, apoio e difusão do associativismo é fundamental para o crescimento da cadeia produtiva.
"Avançamos bastante em qualidade e estrutura. Hoje já temos quase 60 mil hectares de cacau plantados, um crescimento de mais de sete mil hectares ao ano", diz. "Trabalhamos com uma visão muito forte de inclusão produtiva, paralela aos investimentos do projeto e demais planos de investimentos, mas que juntos contribuem para o fortalecimento do mercado e a geração de emprego e renda."
Serviço
Data para envio dos projetos:até 3 de outubro de 2014
Endereço:projeto2014@pdrsxingu.org.br
Informações:
http://pdrsxingu.org.br/projetos
Foto: Vinícius Fadel