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Presidenta Dilma Rousseff conversa em sua coluna semanal sobre a importância do Eixão das Águas, no Ceará
Coluna semanal da Presidenta Dilma Rousseff
Presidenta, seu governo concluiu o chamado "Eixão das Águas" no Ceará. Qual a importância desta obra para a população da região Nordeste e em especial para o Ceará? (*)
Presidenta Dilma - O Eixão das Águas é a mai or obra de infraestrutura hídrica do Ceará, que garantirá o abastecimento da região e, em especial, da área metropolitana de Fortaleza. O Eixão é composto por adutoras, estações elevatórias, reservatórios, aquedutos e canais com extensão total de 256 km. A água é captada no Açude Castanhão, abastecido pelo rio Jaguaribe. Do Castanhão, a água segue até Fortaleza, atendendo, em seu trajeto, diversos municípios como Alto Santo, Aquiraz, Eusébio, Guaiúba, Pindoretama, Jaguaribara, Morada Nova, Ibicuitinga, Russas, Limoeiro do Norte, Ocara, Cascavel, Chorozinho, Pacajus, Horizonte, Itaitinga, Pacatuba, Maranguape, Maracanaú, Caucaia, São Gonçalo do Amarante, além de Fortaleza, do Distrito Industrial de Maracanaú e do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
A segurança hídrica é fundamental não só para a vida das pessoas, mas também para toda a atividade econômica da região, incluindo a produção agrícola e a industrial. Para que se tenha uma ideia da importância do Eixão das Águas, um dos seus impactos sobre o desenvolvimento da região será o surgimento de um polo de desenvolvimento hidroagrícola nas áreas de tabuleiro da Bacia do Rio Jaguaribe, promovendo o atendimento a muitos projetos de irrigação.
A água garantida pelo Eixão será, nos próximos 30 anos, plenamente suficiente para atender a região metropolitana de Fortaleza, que possui 4,2 milhões de habitantes, concentrando a maior população urbana do estado. Construído em parceria com o governo do Ceará, envolveu um investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão, com o estado participando com R$ 352 milhões, a União com R$ 648 milhões e o restante financiado pelo BNDES e pelo BIRD.
Além das obras para aumentar a capacidade de convivência com o semiárido, que estão sendo feitas em todo o Nordeste, adotamos também uma série de medidas emergenciais para enfrentar a atual seca. Construímos cisternas, assegurando, para milhares de famílias, condições de armazenamento de água para além dessa seca. Criamos o Bolsa Estiagem e o Garantia Safra, para apoiar os agricultores que perderam sua safra com a seca. Estes mecanismos, juntamente com o Bolsa Família, são responsáveis por não ter havido durante esta seca, saques em supermercados, lojas ou feiras, como ocorria no passado. Precisamos aprender a conviver com a seca, assim como acontece, por exemplo, com as populações que convivem com o rigoroso inverno no norte do planeta. É o que estamos fazendo com essas obras que garantem a segurança hídrica do Estado. Foi por isso também que lançamos, no ano passado, o Plano Safra semiárido, para apoiar medidas que promovam a adoção de cultivos e a criação de animais mais adaptados às condições hídricas do semiárido e a adoção de sistemas produtivos com reservas de água.
Além do Eixão das Águas, também demos início ao projeto do Cinturão das Águas em nova parceira com o governo cearense. Trata-se de uma obra semelhante ao Eixão, que vai carrear água da Barragem do Jati, na área de transposição do Rio São Francisco. Na primeira etapa desta obra, que já foi iniciada, toda a população da região do Cariri será atendida e nas etapas seguintes, chegará a Fortaleza, fechando um anel com o Eixão. É mais uma obra estruturante que completa a segurança hídrica do estado, garantindo qualidade de vida aos cearenses.
Obras como o Eixão das Águas são determinantes para mudar as condições de convivência da população com a estiagem. São investimentos que fazemos em parceria com os estados e municípios, e que já estão mudando o padrão de oferta hídrica da região, fundamental para o desenvolvimento produtivo e social do semiárido brasileiro.
(*) Esta pergunta, que precede a Mensagem, foi formulada pela Secretaria de Imprensa para melhor entendimento do conteúdo.
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