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Plantios de mudas nativas e peixamentos marcam os 515 anos do Velho Chico
Ações serão realizadas nesta terça-feira (4), pela Codevasf, órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional
Os 515 anos de descobrimento do Rio São Francisco são comemorados nesta terça-feira (4) com o plantio simbólico de mudas nativas e por ações de peixamentos nas nascentes do Velho Chico. As atividades são realizadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional.
As mudas de aroeira, araçá, gonçalves alves e pitombeira serão plantadas no município de Urucuia, norte de Minas Gerais. "Esse tipo de ação cerca as nascentes e revigora plantas nativas que haviam desaparecido. Com isso, árvores naturais voltam a crescer. Elas protegem as nascentes e as regiões ciliares, aumentando a permeabilidade do solo com as raízes, barrando o transporte de sedimentos e preservando as matas ciliares. É o tipo de ação que tem que ser adotada por toda a sociedade", explica Sidenísio Lopes de Oliveira, gerente regional de Revitalização da Codevasf em Minas Gerais.
Será realizado um peixamento em Petrolina (PE), também nesta terça-feira. Mais de 40 mil alevinos de piau e curamatã serão soltos pela Codevasf para repovoamento do rio dentro do projeto público de irrigação de Bebedouro, zona rural de Petrolina (PE). No mesmo dia, diversas espécies nativas, como piau, xira, pacamã, matrinxã e piaba serão soltas no Porto das Balsas de Penedo (AL). Haverá, também, uma palestra no auditório da Codevasf em Penedo, sobre as ações de revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco.
Em Sergipe, está programada, nesta quarta-feira (5), uma palestra sobre as ações da Codevasf para repovoamento do rio e o monitoramento da qualidade da água do São Francisco para os alunos de ensino fundamental da Escola Estadual Camila Dantas, no município de Neópolis. Após a palestra, será realizado mais um peixamento com 20 mil alevinos de curimatã nas margens do rio São Francisco.
Recomposição da ictiofauna
Por meio de seus sete Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura implantados em cinco estados, a Codevasf atua na preservação da ictiofauna das bacias hidrográficas, bem como em sua revitalização, por meio da realização de peixamentos e pesquisas aplicadas. Os centros integrados são considerados referência no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias de reprodução, larvicultura e alevinagem de espécies nativas do rio.
Até hoje, mais de 134 milhões de peixes foram produzidos para a recomposição e manutenção da ictiofauna com espécies nativas do São Francisco e espécies não nativas destinadas ao apoio da piscicultura na bacia. Para os peixamentos, foram destinados 73 milhões de nativas, entre elas cari, pacamã, piau, curimatã pacu, curimatã pioa, matrinxã e piaba.
O São Francisco
O berço do São Francisco fica na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, em Minas Gerais. Da nascente, ele percorre cerca de 2.800 quilômetros até desaguar no Oceano Atlântico, passando por cinco estados: além de Minas Gerais, o rio banha as terras de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. Todo o vale sanfranciscano ocupa uma área aproximada de 620 mil quilômetros quadrados, incluindo 505 municípios, com uma população de cerca de 18,2 milhões de pessoas.
** Informações da Assessoria de Comunicação da Codevasf