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Países da América Latina assinam declaração de intenções para promover desenvolvimento regional
Objetivo é intensificar intercâmbio entre as políticas de planejamento e criar mecanismos para monitorar e comparar ações
Oito países da América Latina assinaram hoje uma declaração de intenções com objetivo de minimizar diferenças sociais e promover o desenvolvimento na região. O acordo foi firmado durante o Seminário Internacional - Política Regional no Contexto Global, promovido pelo Ministério da Integração Nacional. "Queremos intensificar o intercâmbio entre as políticas de desenvolvimento locais, criando uma rede para monitorar e avaliar as ações", declarou o secretário de Desenvolvimento Regional da Integração Nacional, Sérgio Castro.
Castro presidiu o encontro, que contou com a participação de representantes de todos os países envolvidos: além do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras e Paraguai. "Nossa ação está aberta a outras nações interessadas", afirmou o secretário.
O documento propõe a criação de uma rede latino-americana para o desenvolvimento regional e sugere a utilização de ferramentas que permitam, no longo prazo, o acompanhamento das ações realizadas em cada um dos países, com mensuração de resultados. "Primeiro é preciso tomar conhecimento do que está sendo realizado nos diferentes locais para, a partir disso, selecionar ações exitosas que possam funcionar também em outras regiões", explicou Castro.
Representantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), do Instituto Latino Americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social (Ilpes/Cepal) e do programa de Cooperação Técnica da União Europeia para a América Latina (EuroSocial) também assinaram a declaração. "Iremos apoiar a proposta, prestando toda a consultoria necessária", disse Immaculada Zamora, diretora do Eurosocial.
Modelos - Immaculada ressaltou que experiências similares realizadas na Europa podem contribuir para o modelo latino-americano. "É possível alcançar objetivos comuns respeitando a autonomia de cada país", disse. Num primeiro momento, a análise dos dados das diferentes regiões será feita com indicadores já existentes e utilizados pela OCDE. "Futuramente, no entanto, poderemos desenvolver um novo modelo de análise capaz de atender a toda região de acordo com as necessidades verificadas no processo."