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Obra vai garantir navegação permanente na hidrovia Tocantins-Araguaia
Remoção do Pedral criará nova rota para estimular o desenvolvimento no Norte do país
O derrocamento do Pedral do Lourenço, formação rochosa situada no rio Tocantins, no sudeste paraense, começou a se tornar realidade nesta quinta-feira (16), em Marabá (PA), com a assinatura do contrato e da ordem de serviço para elaboração dos estudos, projetos básico e executivo pelos ministros dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, e da Integração Nacional, Helder Barbalho. Ao viabilizar a navegação permanente na hidrovia Tocantins-Araguaia, a obra vai acelerar o desenvolvimento regional e permitir a implantação de um novo conceito logístico, integrando a hidrovia aos modais rodoviário e ferroviário e garantindo o escoamento da produção agrícola, pecuária e mineral, dentre outras, dos estados do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e Mato Grosso.
"Vamos garantir navegabilidade do rio Tocantins e com isso uma repercussão importantíssima na economia da região, gerando emprego e renda para a população. Este é um passo extraordinário para viabilizar um novo capítulo na história dessa região. O derrocamento do Pedral do Lourenço é uma obra fundamental para que o estado do Pará não seja apenas um produtor de riquezas e possa verticalizar a sua produção", destacou Helder Barbalho. Já o ministro Maurício Quintella frisou a necessidade de investimentos em hidrovias.
Desenvolvimento regional
Ao abrir mais uma via regular para o escoamento da produção, a obra pode beneficiar também projetos financiados pelo Ministério da Integração, por meio dos Fundos de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), do Nordeste (FDNE) e do Centro-Oeste (FDCO), importantes instrumentos de promoção do investimento regional no Brasil. Essas ações são desenvolvidas nas áreas de atuação das Superintendências do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Nordeste (Sudene) e do Centro-Oeste (Sudeco).
A melhoria na navegabilidade da bacia do Tocantins-Araguaia também tende a favorecer pequenas comunidades agrícolas, como a do perímetro público de irrigação Luiz Alves do Araguaia, em implantação no estado de Goiás. Esse empreendimento, instalado nas planícies de inundação do Rio Araguaia, é utilizado para a cultura de arroz, soja, milho, abóbora, melancia e outros. O projeto tem duas etapas, que já estão em produção. São 2.900 hectares, que beneficiam a população do município de São Miguel do Araguaia e utilizam irrigação aproveitando a água do Araguaia.
"Por isso, o Ministério da Integração, o Ministério dos Transportes e a bancada federal entendem ser esta uma obra prioritária e estarão atentos para que não faltem recursos para sua conclusão", concluiu Helder Barbalho.