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Novas amostras comprovam que não há metais tóxicos dissolvidos no Rio Doce
Qualidade da água está compatível com resultados obtidos em fragmentos colhidos antes da passagem da lama de rejeitos
Resultados de novas amostras comprovam que a qualidade da água do Rio Doce está compatível com resultados obtidos em amostras colhidas antes da passagem da lama de rejeitos liberada pelo rompimento da barragem Fundão, de propriedade da mineradora Samarco, em Mariana (MG). Os resultados confirmam que, depois de adequadamente tratada pelas companhias de saneamento de forma a torná-la compatível com os padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, a água pode ser consumida sem riscos.
As 25 amostras de água, sedimentos e material em suspensão, que totalizaram 3.662 determinações analíticas, foram coletadas ao longo do Rio Doce pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), do Ministério de Minas e Energia, em parceira com a Agência Nacional de Águas (ANA), vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, no âmbito do Monitoramento Especial da Qualidade da Água no Rio Doce, estabelecido depois do desastre de Mariana.
Após o rompimento da barragem, a água do rio recebeu imensa sobrecarga de lama, o que aumentou a turbidez e diminuiu a quantidade de oxigênio dissolvido, fatores que contribuíram para a mortandade de peixes e a interrupção do abastecimento das cidades que captavam no rio. A quantidade de material em suspensão na água alcançou níveis até 100 vezes superiores aos observados historicamente durante períodos de chuvas torrenciais. A turbidez continua alta, portanto ainda requer procedimentos especiais nas estações de tratamento.
Com relação à presença de metais pesados dissolvidos em água (cátions): arsênio, cádmio, mercúrio, chumbo, cobre, zinco, entre outros, os resultados de 2015 são, de modo geral, similares a levantamentos realizados pela CPRM em 2010. Os valores obtidos nas coletas indicaram condições em conformidade com a Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, exceto para o manganês dissolvido que, no entanto, também pode ser tratado para padrões adequados ao consumo nas estações de tratamento.
As amostras foram colhidas em 13 pontos durante a primeira campanha de análises, entre os dias 14 e 22 de novembro, e confirmam resultados parciais divulgados em novembro. Uma nova campanha está em andamento e será divulgada oportunamente.
Os resultados diferem conforme a data e o local da coleta. A metodologia das análises utilizada pela CPRM segue procedimentos técnicos internacionais. Em cada estação de amostragem foram medidos in situ, com sonda multiparâmetros, os parâmetros físicos-químicos de oxigênio dissolvido, temperatura, condutividade elétrica e pH.
Acesse os Relatórios do Monitoramento Especial da Bacia do Rio Doce.
Da assessoria de imprensa do Serviço Geológico do Brasil (CPRM)