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Nova Friburgo (RJ) recebe 300 moradias do MCMV para famílias desabrigadas por enchente
O ministro das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi, entregou nesta sexta-feira (04/07), 300 unidades do programa Minha Casa, Minha Vida, em Nova Friburgo (RJ). O investimento é de R$22,5 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para beneficiar cerca de 1.200 pessoas. As unidades são destinadas para famílias desabrigadas durante as enchentes de janeiro de 2011. “É uma política social. Todos pagam impostos e por decisão do Governo Federal esse dinheiro volta para quem mais precisa”, afirmou Gilberto Occhi.
O Conjunto Habitacional Terra Nova V é formado por 15 blocos de apartamentos com cinco pavimentos, localizados na estrada Rio Grandina, no Distrito de Conselheiro Paulino. Todas as unidades possuem área privativa de aproximadamente 42,95 m² com sala, dois quartos, área de circulação, banheiro, cozinha e área de serviço. Todos ambientes têm piso cerâmico. Do total de unidades, nove são adaptadas para Portadores de Necessidades Especiais (PNE).
De acordo com o ministro das Cidades, a entrega simboliza esforço e parceria do Governo Federal, governo estadual e municipal. “Esta entrega é uma resposta à sociedade”, disse.
O residencial será entregue com pavimentação das vias, redes de água e esgoto, drenagem, energia elétrica, iluminação pública, parque infantil, centro comunitário e salão de festa. As famílias beneficiadas terão acesso à Creche Municipal, duas Escolas Municipais, uma Escola Estadual e três Unidades de Saúde.
O empreendimento Terra Nova é composto por nove etapas, o que totaliza 2.180 unidades habitacionais. As primeiras etapas I, II, III e IV com 820 moradias foram entregues entre agosto e dezembro de 2013.
O ministro Gilberto Occhi entregou as chaves e visitou a nova moradia da aposentada Ana Lúcia dos Santos, 67 anos. Ela morava com um filho e dois netos em Lazareto, uma região considerada área de risco. Em 2011, Ana Lúcia conta que viu sua casa ser invadida por água e a parede desmoronar. “Graças a Deus, meus netos estavam de férias, mas tiveram um grande impacto quando voltaram”, relata a nova moradora.
Ana Lúcia foi beneficiada com uma das unidades adaptadas para PNE. Após um infarto, a aposentada fez várias cirurgias, amputou um dedo, perdão a visão de um dos olhos e tem dificuldade para andar. “Minha Casa é maravilhosa. Vou ter muita segurança aqui”, disse emocionada.
No estado do Rio de Janeiro, o MCMV já investiu R$ 13,9 bilhões para a contratação de 200.142 unidades habitacionais e já entregou 67.257. No município de Nova Friburgo, foram contratadas 3.065 unidades com o investimento de R$ 226,5 milhões. No país, o programa contratou mais de 3,4 milhões de moradias e entregou 1.725.365 com investimento de R$ 216,69 bilhões.
MCMV - O programa MCMV foi lançado em março de 2009 pelo Governo Federal para permitir o acesso à casa própria para famílias de baixa renda. Além do objetivo social, o programa gerou emprego e renda, nos últimos anos, por meio do incremento da cadeia produtiva do setor da construção civil.
O MCMV subsidia a aquisição da casa/apartamento próprio para famílias com renda até R$ 1,6 mil e, facilita as condições de acesso ao imóvel para famílias com renda até R$ 5 mil.
As obras do MCMV estimulam a cadeia produtiva da indústria da construção civil com a geração empregos e renda para milhares de trabalhadores, além de ganhos significativos em escala para o comércio e a indústria nacional.
Como participar - A principal condição para uma família adquirir um imóvel por meio do MCMV é estar enquadrada nas faixas de renda previstas no programa (veja abaixo). As famílias com renda bruta mensal de até R$ 5 mil podem participar do programa, desde que não possuam casa própria ou financiamento em qualquer unidade da federação, ou tenham recebido anteriormente benefícios de natureza habitacional do Governo Federal.
A seleção dos beneficiários é de responsabilidade das prefeituras para as famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil. Os interessados devem se cadastrar na sede administrativa do município. Nas outras duas faixas de renda a contratação é feita diretamente com a construtora com financiamento pela Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil.
Faixa 1 - Famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.600,00.
Faixa 2 - Famílias com renda mensal bruta de até R$ 3.275,00.
Faixa 3 - Famílias com renda mensal bruta acima de R$ 3.275,00 até R$ 5 mil.
Uma das regras do contrato assinado entre os beneficiários do MCMV e o agente financeiro (Caixa ou Banco do Brasil) determina que o novo morador da Faixa 1 (até R$ 1,6 mil) não pode vender o seu imóvel, sem a devida quitação. É o que determina a Lei 11.977/2009, no artigo 6º-A, § 5º.
O beneficiário do programa, de qualquer faixa de renda, que vender seu imóvel não terá direito a novo subsidio habitacional do Governo Federal.
Quando há denúncia do descumprimento desta regra, o agente financeiro protocola notícia-crime na Polícia Federal. Além disso, notifica aos moradores para que comprovem a ocupação regular do imóvel. Caso fique comprovada a venda do imóvel para terceiros, o banco cancela o contrato e repassa a unidade para outra família inscrita e selecionada pela prefeitura municipal.
A Caixa criou o Programa Caixa de Olho na Qualidade com medidas para ampliar o atendimento aos beneficiários do MCMV. Neste programa tem a opção de denúncia de uso irregular, invasão ou ociosidade. O telefone é 0800.721.6268 e a ligação é gratuita.
Modalidades – O programa possui cinco modalidades para a Faixa 1:
- Empresas: atende famílias com renda mensal de até R$ 1.600, por meio da transferência de recursos ao Fundo de Arrendamento Residencial – FAR. Nessa modalidade, a maior parte do subsídio é da União. A parcela paga pelo beneficiário é de 5% da renda mensal, com prestação mínima de R$ 25.
- Entidades: para as famílias com renda mensal de até R$ 1.600,00 organizadas em cooperativas habitacionais ou mistas, associações e demais entidades privadas sem fins lucrativos. O trabalho é feito por meio da produção, aquisição ou requalificação de imóveis já existentes. A União concede subsídio para a construção da unidade por meio da concessão de financiamentos a beneficiários organizados de forma associativa por uma entidade. A parcela paga pelo beneficiário é de 5% da renda mensal, com prestação mínima de R$ 25.
- Municípios com até 50 mil habitantes: atende às famílias com renda mensal de até R$ 1.600,00 em municípios com menos de 50 mil habitantes, não integrantes de regiões metropolitanas das capitais estaduais. O subsídio é da União, sendo que o valor de contrapartida pode ou não ser cobrado do beneficiário.
- FGTS: para atender às famílias com renda mensal até R$ 5 mil por meio do financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
- Rural: modalidade destinada aos agricultores familiares e trabalhadores rurais com renda anual bruta de até R$ 15 mil, para o Grupo 1, de R$ 15 mil a R$ 30 mil para o Grupo 2 e de R$ 30 mil a R$ 60 mil para o grupo 3.
Os recursos do MCMV são do orçamento do Ministério das Cidades repassados para a Caixa Econômica Federal, que é o agente operacional do programa. Para atender à Faixa 1, nas modalidade Empresas e Entidades, a Caixa e o Banco do Brasil analisam e aprovam a contratação dos projetos apresentados pelas construtoras, conforme as diretrizes definidas pelo Ministério das Cidades. A liberação dos recursos ocorre a cada medição de obra.
Nas outras faixas de renda e modalidades, os recursos são repassados pelo ministério à Caixa para subsidiar os contratos de financiamento dos interessados na aquisição do imóvel tanto na área urbana como na rural. A contrapartida dos municípios é para a construção da infraestrutura externa, assim como alguns equipamentos públicos como escolas, postos de saúde e creches.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério das Cidades