Notícias
Nova Campanha do Ministério das Cidades faz alerta sobre álcool e drogas no trânsito
Essa é uma das ações da Semana Nacional de Trânsito 2013, que
acontece no período de
Através de frases marcantes como: “Não deixe um acidente obrigar você a reaprender. Seja você a mudança no Trânsito. Aprender a andar é natural a primeira vez. As escolhas no trânsito podem deixar marcas para o resto da vida”, a campanha mostra uma realidade impactante, com casos de pessoas que sofreram acidentes e agora estão passando pelo processo de reaprender atos básicos como comer, falar e andar.
Um dos personagens é o auxiliar administrativo João Santos, 38 anos, que ao sofrer um acidente de moto, perdeu a esposa e teve uma das pernas amputada. Hoje, João recomeçou a vida e faz tratamento fisioterápico. “Eu estava passeando de moto com a minha esposa. Começou a chover e resolvi parar no acostamento. Veio um carro desgovernado e bateu na minha moto”, conta o auxiliar administrativo.
A jovem Wellen Nascimento, de 22 anos, sofreu um acidente de carro, em 2008, quando tinha 17 anos. Passou dois anos em coma se alimentando apenas por sonda. Durante sua reabilitação, conseguiu voltar a ingerir alimentos pastosos e se comunicar pelo movimento dos olhos. A partir de agora, seu objetivo é conseguir utilizar o computador para voltar à faculdade de Direito.
Outro caso marcante é de Andrea Mello, 29 anos, que também sofreu um acidente de carro. Em junho de 2010, ao sair à noite recusou o convite de dormir na casa da amiga e, ao dormir no volante bateu em um carro e depois em um poste de luz. Andrea ficou em coma e atualmente busca superar as dificuldades de locomoção e comunicação com terapias.
As histórias reais revelam que a imprudência no trânsito pode deixar graves sequelas em suas vítimas. A nova campanha será veiculada em TV aberta e fechada, rádio, revistas, jornais, portais na internet e redes sociais. O material da campanha pode ser acessado através do site paradapelavida.com.br e pela página no Facebook, facebook.com/paradapelavida.
Álcool, outras drogas e direção
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), o consumo de álcool ao dirigir é a segunda causa de acidente nas estradas e rodovias brasileiras, ficando atrás apenas para o excesso de velocidade. A fadiga, o cansaço e o uso de celular aparecem logo depois.
O consumo de álcool e drogas altera os reflexos, reduz a capacidade de percepção da velocidade e dos obstáculos no trajeto. Um motorista alcoolizado tem dificuldade, por exemplo, em perceber uma moto passando ao lado ou pedestre atravessando na faixa, além de ter maiores chances de não resistir a um acidente de trânsito por conta das alterações metabólicas provocadas pelo álcool em seu organismo.
Há casos de motoristas profissionais, como caminhoneiros e motoristas de ônibus, que usam medicamentos, conhecidos como rebite, para diminuir o sono. Entretanto, ao passar o efeito do remédio, o cansaço reaparece rapidamente e o motorista acaba dormindo imediatamente. Estudos mostram que a cocaína age com mais intensidade que o álcool, o que aumenta a falta de percepção do motorista. A maconha, o crack e o ecstasy provocam confusão mental, prejudicam os reflexos e o senso de orientação.
Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, durante a realização de grandes eventos as maiores vítimas de acidentes de trânsito são motociclistas, pedestres, passageiros de motocicleta, ciclistas, motoristas e passageiros de automóveis. Dados do Ministério da Saúde também apontam que o álcool está presente no sangue de quase metade das vítimas fatais dos acidentes de trânsito, sendo que as principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos.
PARADA
Com dois anos de existência, o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito – Parada, um Pacto pela Vida, é considerado o principal movimento do país para a redução de acidentes. A ação foi a resposta brasileira ao Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020, estabelecido há dois anos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que diz que os países devem reduzir pela metade o número de mortes no trânsito em dez anos.
A Semana Nacional de Trânsito foi estabelecida com a promulgação do Código de Trânsito Brasileiro, em