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Modernização no cultivo de peixes é destaque durante Feira de Ciência e Tecnologia
Visitantes conhecem de perto ações federais para garantir estoques pesqueiros e fortalecer a economia na região Nordeste
Mais de 370 mil alevinos - filhotes de peixe - já foram produzidos e distribuídos em diversos estados do Nordeste. A ação desenvolvida pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional, tem o objetivo de fortalecer a economia local ao garantir a renovação de estoques pesqueiros nas regiões atendidas. Detalhes sobre a iniciativa estão sendo apresentados na 15ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que acontece em Brasília (DF) até o próximo domingo (21).
A distribuição das espécies, ação conhecida como peixamento, é realizada pelo Dnocs nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. O engenheiro de pesca Dalgoberto Coelho destaca que a atuação do órgão tem impacto direto na situação econômica e social de pequenos produtores na região.
"As estações de pisciculturas produzem espécies nativas e exóticas e, assim, é realizado o repovoamento. Os peixes capturados contribuem para a produção de proteína de alto valor nutricional e a comercialização proporciona renda para pescadores artesanais", explica Dalgoberto Coelho. Ele destaca, ainda, que o processo vem sendo aperfeiçoado no decorrer dos anos para melhor atender aos produtores.
Educação ambiental
O engenheiro afirma que a Feira de Ciência e Tecnologia é uma ótima oportunidade de ressaltar a estudantes sobre a importância da conservação de estoques pesqueiros e de alertá-los sobre a degradação ambiental.
O professor Erinaldo Henrique acompanhou os estudantes da Escola Zilda Arns, localizada no Itapoã (DF), durante visita ao estande do Dnocs. "É importante que eles aprendam na prática parte da teoria passada em sala de aula. Aqui eles podem observar e fixar melhor as informações, o que é primordial para a vida escolar", comenta.
Entre as espécies utilizadas nas ações de peixamento estão uma tilápia trazida da Tailândia, que pode chegar a 1,5kg na fase adulta, e o pirarucu, peixe típico da Amazônia. Ambas costumam se adaptar bem fora do habitat de origem.
O aluno Daniel Matheus, de apenas 11 anos, visitou o espaço do Dnocs e viu de perto espécies que ainda não conhecia. "Eu nunca tinha visto tambaqui, traíra e pirarucu. Para mim foi uma grande experiência", disse.