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Ministro reforça importância da segurança hídrica para estimular desenvolvimento do Nordeste
Ministro Rogério Marinho destacou a importância da segurança hídrica para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e dos outros estados do Nordeste (Foto: Dênio Simões/MDR)
Brasília (DF) – O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, destacou a importância da oferta de água para estimular o crescimento econômico e social no Rio Grande do Norte. Na noite dessa terça-feira (27), ele participou de painel sobre as perspectivas para o estado durante a Semana da Indústria do Rio Grande do Norte, promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias da unidade federativa (Fiern).
Marinho relatou o esforço que vem sendo realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para a instalação de infraestruturas hídricas que vão possibilitar o fornecimento de água para regiões potiguares com pouca disponibilidade desse recurso natural. Dessa maneira, acredita, será possível alavancar o desenvolvimento dessas localidades.
“Com a capacidade que terá de oferta de água, certamente vai revolucionar e desenvolver de uma forma mais intensiva aquela região, gerando toda sorte de benefícios, inclusive na instalação de indústrias, de comércio, de tratamento de água, de esgoto, de resíduos sólidos. Enfim, de ferramentas que vão permitir o desenvolvimento integrado da região”, afirmou Marinho.
Entre os projetos citados pelo ministro está o Ramal do Apodi, estrutura que possibilitará a chegada das águas do ‘Velho Chico’ ao Rio Grande do Norte. Com 115,3 quilômetros de extensão, ele é o trecho final do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco e vai beneficiar 478 mil pessoas em 32 cidades potiguares, além de outras 109 mil em sete municípios da Paraíba e 170 mil em localidades do Ceará. A previsão é que os investimentos federais nas obras alcancem R$ 1,7 bilhão.
A água será transportada por gravidade a partir do Reservatório Caiçara, na Paraíba, até o Reservatório Angicos, já no Rio Grande do Norte. A vazão será de 40 m³ por segundo até o quilômetro 26, de onde deriva o Ramal do Salgado, que levará os recursos hídricos para o estado do Ceará. Após essa derivação, a vazão será de 20 m³ por segundo.
“Nós estamos no limiar de chegarmos com as águas do São Francisco no quarto estado do Nordeste Setentrional, justamente o Rio Grande do Norte, complementando essa obra importante, que resgata a dignidade daqueles que moram no Semiárido Nordestino”, completou Rogério Marinho.
Outras ações do MDR no Rio Grande do Norte envolvem a construção das Adutoras do Piquiri e do Seridó. Ambas serão erguidas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
A primeira terá investimentos de R$ 260,5 milhões e vai garantir a oferta de água para até 510 mil pessoas em 39 municípios potiguares. Já a segunda tem orçamento previsto em R$ 280,6 milhões, com potencial para beneficiar cerca 280 mil pessoas em 24 cidades do estado.
“Eram projetos que estavam adormecidos e que vão beneficiar o desenvolvimento econômico e da indústria do Rio Grande do Norte”, observou o presidente da Fiern, Amaro Sales.
Desenvolvimento regional
Por sua vez, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, enfatizou a necessidade da promoção de medidas que estimulem o desenvolvimento regional. “Essa deve ser uma das prioridades do Brasil, uma vez que algumas regiões ainda precisam de estímulo para crescerem, criarem oportunidades de trabalho e melhorarem a qualidade de vida da população. A adoção de políticas específicas que promovam os investimentos produtivos nas regiões menos favorecidas é crucial para reduzir os desequilíbrios existentes no País e para construir um futuro melhor para todos os brasileiros. Para isso, é preciso fortalecer a indústria”, destacou.