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Ministro reforça empenho do Governo Federal para o Minha Casa, Minha Vida
Aporte de mais R$ 800 milhões foi assegurado ao programa na última semana. Cinquenta mil novas contratações nas faixas 1,5; 2 e 3 foram realizadas em 2019
“Temos que ser claros e responsáveis. Os recursos destinados à execução do Minha Casa, Minha Vida estão baixos para o segundo semestre deste ano. O Governo Federal está empenhado para mudar a situação e já garantimos mais R$ 800 milhões para o primeiro semestre. Vamos equalizar o passivo de dívidas e regularizar as execuções com objetivo de assegurar a efetividade do Programa”, destacou o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, nesta quarta-feira (24). A declaração foi feita a parlamentares durante audiência pública conjunta na Câmara dos Deputados.
O reforço financeiro de R$ 800 milhões foi garantido pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, após tratativas do ministro Gustavo Canuto para evitar prejuízos à população. Assim, até o mês de junho, um total de R$ 1,6 bilhão será destinado a investimentos no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Leia mais .
Desde o início do ano, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) já desembolsou mais de R$ 1 bilhão para o MCMV. O montante tem sido destinado aos empreendimentos seguindo a ordem cronológica das medições de serviços. Além disso, em 2019, já foram realizadas mais de 50 mil novas contratações nas faixas 1,5; 2 e 3.
Questionado sobre os pagamentos ao Programa no segundo semestre, o ministro Gustavo Canuto ressaltou a importância da aprovação da Nova Previdência para aumentar a disponibilidade de recursos. “A conjuntura será melhor e os investimentos virão. Vamos priorizar as ações neste momento de ajuste fiscal. Estamos sensíveis às necessidades do Minha Casa, Minha Vida”, completou.
Outro ponto ressaltado durante a audiência foi o trabalho realizado pelos ministérios do Desenvolvimento Regional e da Economia em conjunto com a Caixa Econômica Federal (CEF) para reestruturar critérios do Programa. O objetivo é resolver falhas identificadas após avaliações técnicas como, por exemplo, comércio ilegal das unidades, empreendimentos ociosos e sem infraestrutura urbana, dentre outras. A previsão é de enviar ao Congresso, em julho, a proposta de revisão da Política Nacional de Habitação.
O titular da Pasta também detalhou outras ações e projetos do Ministério do Desenvolvimento Regional às comissões de Desenvolvimento Urbano (CDU), de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra) e de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC).
Saneamento
Durante o debate com os deputados federais, o ministro Gustavo Canuto apresentou dados sobre o saneamento no Brasil e apontou as diretrizes da Pasta para reduzir o déficit atual de atendimento por redes de esgoto e de água tratada. O principal gargalo, segundo ele, está relacionado à capacidade de investimento das companhias estaduais.
Para mudar esse cenário, foi apresentada a Medida Provisória nº 868, que atualiza o marco regulatório e, se aprovada, possibilitará maior captação de recursos para o setor e a entrada da iniciativa privada nesse mercado. Na avaliação de Gustavo Canuto, o texto é peça central para o alcance da meta de universalização dos serviços de saneamento em todo o território brasileiro até 2033.
“Nosso objetivo final é a universalização do atendimento. E, para isso, precisamos mudar as regras do jogo. Sem isso, vamos manter o panorama de falta de atendimento em diversas regiões do País. Nossa proposta é de modelo híbrido, em que público e privado atuem juntos para solucionar os problemas, sobretudo com atendimento prioritário aos pequenos municípios”, disse.