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Ministro defende mobilização, educação e fiscalização como principais pilares do Parada
Para Aguinaldo Ribeiro o Parada "não é simplesmente um programa de governo, mas é exatamente a sensibilização de toda a sociedade para que haja conscientização necessária de mudança de cultura e de postura". O Ministro explicou que a questão da conscientização é permanente e que educação, mobilização e fiscalização são os pontos principais do programa. "O primeiro pilar é o da educação, por isso que estamos apostando na criança, para que possamos incorporar a ela essa mudança de postura", afirmou lembrando do Paradinha, versão do programa voltado para às crianças. Segundo Aguinaldo, também será importante incluir disciplinas que tratem da questão do trânsito no ensino fundamental e médio nas escolas do país.
O ministro afirmou que a mobilização da campanha com todos os atores da sociedade é fundamental para conscientizar as pessoas sobre os altos índices de acidentes e mortes no trânsito. "Não podermos ser a sexta economia do mundo, ser respeitados, e conviver com índices como esses. Acidentes podem acontecer, mas eu tenho certeza que grande parte desses números poderiam ser evitados se nosso país tivesse outra postura", ressaltou. Aguinaldo afirmou, ainda, que o Parada é muito mais do que um compromisso com a Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu os de 2010 a 2020 como a década para dminuição de violência no trânsito. Para ele, o Programa "é um compromisso com o Brasil e com todos os cidadãos brasileiros".
"Esse é um Pacto que começa com a mudança pessoal, com cada um de nós. Não adianta assinar o livro se no meu dia a dia não mudar meus hábitos. Não adianta ter um compromisso com relação à mudança e falar no celular enquanto dirijo. Pensem que esse é um Pacto que nos estamos fazendo, muito mais que um pacto de governo, é um pacto da sociedade", lembrou o ministro.
Na ocasião, Aguinaldo Ribeiro se disse favorável a obrigatoriedade do uso do bafômetro. "Eu defendo que o uso do bafômetro seja obrigatório, como brasileiro e defensor da vida". O Ministrou ressaltou a importância da adesãp da presidenta Dilma Rousseff ao Parada, e da necessidade do apoio Congresso Nacional para adequar a legislação no que se refere à questão do trânsito.
O presidente-executivo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, falou que o lançamento do Paradinha chamou sua atenção para aderir ao Parada. "O lançamento do Paradinha foi interessante pelo chamamento da criança ao pai, isso me sensibilizou muito. Quero a ajuda do ministro para colocar, também, a família do motorista nas campanhas para sensibilizar a todos".
Otavio Cunha disse que a NTU tem representantes em vários estados brasileiros e que, assim, será possível fazer ampla divulgação da campanha nas empresas. "Estamos celebrando um Pacto pela vida para reduzir o índice de acidentes em 50% para próxima década. Esse compromisso estamos formando agora", afirmou. Para ele, outra questão importante para contribuir com a redução de acidentes de trânsito é priorizar o transporte público, tirando veículos das ruas e oferecendo transporte de qualidade.
A NTU trabalhará em com conjunto com o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), com a formação profissional e o aperfeiçoamento de motoristas. A meta é mobilizar, entre janeiro e dezembro de 2013, um milhão de pessoas sobre a consciência da direção segura. Promover parcerias, realizar campanhas educativas nas empresas, seminário regionais para empresários, palestras para motoristas profissionais, além de produção de material educativo como cartazes, folders, cartilhas. "Entendemos que a campanha fortalecerá o transporte publico e contribuirá pela segurança viária", afirmou Nalva Vieira, representante da Sest Senat.
Também estiveram presentes na cerimônia o Secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Julio Eduardo dos Santos; o diretor do Denatran, Julio Arcoverde; a coordenadora de Educação no Trânsito do Denatran, Cristina Hoffman; o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli; o deputado federal Hugo Leal.
Patrícia Maia