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Ministro das Cidades acredita que Brasil terá um trânsito 50% mais seguro até o final da década
O Brasil irá conseguir atingir a meta de redução de 50% das mortes no trânsito proposto pela ONU. Essa afirmação é do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, durante a abertura do Fórum Via Futuro Segurança no Trânsito, que acontece em São Paulo, até amanhã, dia 12. Segundo Kassab, para alcançar o objetivo, é fundamental investir na conscientização das pessoas, no ordenamento do trânsito e na tecnologia voltada para a proteção das pessoas. “Desta maneira, conseguimos atuar nas principais vertentes para a garantia de vida da população seja pedestre, ciclista, motociclista e motorista", afirmou.
O Forum é promovido pela Companhia Paulista de Desenvolvimento e SemParar Comunicação e conta com o apoio institucional do Ministério das Cidades e Denatran. Participaram da abertura além do ministro, o ex-governador Claudio Lembo, o vice-presidente do Denatran, Ronaldo Camargo; o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto; Alberto Angerami, presidente do Contran; Luiz Moan, presidente da Anfavea; Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo; João Jornada, presidente do Inmetro; Elton Zacarias, secretário executivo do Ministério das Cidades; Marcos Trade, presidente da Associação Nacional dos Detrans e o ex –deputado federal Walter Ihoshi. Emerson Fittipaldi, bicampeão mundial de Fórmula 1 e bicampeão das 500 milhas de Indianápolis, também participou como convidado especial.
Os participantes enfatizaram os esforços dos segmentos ligados ao trânsito e à mobilidade para que se possa atingir a meta estabelecida pela ONU no período de 10 anos. Esse objetivo faz parte do tratado assinado cinco anos atrás em Moscou, cujos dados, ações e projetos desenvolvidos até o momento serão atualizados durante a segunda Conferência de Alto Nível Global sobre Segurança no Trânsito, nos próximos dias 18 e 19, em Brasília.
Apesar de ser a quinta nação do mundo em mortes no trânsito, os índices no Brasil têm caído ano a ano. Entre 2012 e 2013, a redução foi de 5,6%, o que significou poupar 2.544 mortes. O ministro Kassab destacou as ações do governo federal para que esse resultado ser alcançado. Citou a Lei Seca, no Rio de Janeiro, as faixas de pedestres em Brasília e o Programa de Proteção ao Pedestre em São Paulo. "Quando fui prefeito da capital paulista, registramos queda de 40% em atropelamentos com mortes na região central e na avenida Paulista e de 10,7% em toda a capital. Esse também foi o motivo de termos regulamentado a circulação de motocicletas na via expressa da Marginal Tietê e iniciar, de forma planejada, uma revisão dos limites de velocidade nos principais corredores da cidade", comentou.
O vice-presidente do Denatran, Ronaldo Camargo, enfatizou os avanços que o Brasil tem alcançado, sobretudo, na municipalização do gerenciamento do trânsito e afirmou que o órgão estuda a criação de consórcios para as cidades de menor porte e, assim, "dar uma solução para a dificuldade que as prefeituras têm para criar e manter uma estrutura própria”. “Assim, vamos rever normas antigas e incorporar novas tecnologias para aumentar a segurança no trânsito, que passa, por exemplo, por equipamentos que evitem derrapagens tanto nos carros quanto nas motos a itens que possam auxiliar na formação dos condutores", completou.
Outra ação muito difundida durante a abertura do Fórum Via Futuro é a criação de ambientes cada vez mais seguros para as bicicletas, que, a cada dia, ganham novos adeptos não apenas para o lazer – e se transformam em alternativa de transporte e de integração entre os vários modais. Para isso, o Denatran lançou, este ano, a Cartilha do Ciclista e, em mais alguns meses, o Manual Cicloviário, mais completo, com modelos de projetos, regras, leis, sinalização específica e todas as orientações para ajudar os municípios na elaboração de vias cicláveis.
O Fórum Via Futuro Segurança no Trânsito, que ocorre no Hotel Renaissance, em São Paulo, terá, até a tarde desta quinta-feira (12/11), sete painéis de debates com a participação de técnicos e especialistas de diferentes áreas da sociedade civil empresas, instituições, universidades e o setor público que abordam os avanços, o desenvolvimento de novas tecnologias, o treinamento e a formação de condutores, a engenharia de tráfego e, sobretudo a mobilidade e a segurança de pedestres, ciclistas, condutores e passageiros.