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Ministro da Integração anuncia obras para evitar colapso de água em municípios de Pernambuco
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou nesta segunda-feira (8/4), durante entrevista a uma rádio de Pernambuco, obras para evitar que os municípios de Arcoverde e Triunfo, localizados respectivamente no agreste e no sertão pernambucano, entrem em colapso devido à falta de água nos próximos anos. Além da ampliação do projeto da Adutora do Pajeú, que passará a levar água ao município de Triunfo, o ministro falou da construção da Adutora de Arcoverde, usando a perfuração de poços profundos na cidade de Ibimirim.
As duas obras estruturantes, promovidas com recursos do Ministério da Integração Nacional, visam fortalecer a segurança hídrica destas áreas e evitam novos racionamentos de água devido a longos períodos de estiagem, como o vivenciado atualmente - considerado a seca mais severa dos últimos 50 anos. "Uma série de obras estão sendo programadas para poder aliviar essa situação de colapso de água, que dezenas de municípios estão enfrentando no estado", enfatizou o ministro.
No caso de Triunfo, a obra está no percurso da Adutora do Pajeú que levará água de Afogados de Ingazeira. A nova adutora de Arcoverde vai aumentar a capacidade de consumo da cidade.
Como exemplo dessas obras estruturantes, que transformam a segurança hídrica do estado, o ministro citou os resultados vistos em Serra Talhada, também no sertão de Pernambuco, onde a população de 70 mil pessoas ficou livre do racionamento com a conclusão do primeiro trecho da Adutora do Pajeú, inaugurado mês passado. Além disso, ele lembrou que novas obras já começam a ser feitas, a exemplo do Ramal de Entremontes e o próprio Projeto de Integração do Rio São Francisco, que hoje vive um novo ritmo de construção.
Fernando Bezerra Coelho ressaltou ainda uma série de investimentos feitos pelo Governo Federal mesmo antes do início da seca, como o Programa Água para Todos, lançado em 2011 com a finalidade de universalizar o acesso à água, através de cisternas, poços, barreiros e sistemas simplificados de abastecimento. "No PAC 1, foram liberados R$ 7,5 bilhões e, no PAC 2, os recursos passaram a mais de R$ 25 bilhões, de forma que estamos atentos à garantia de soluções estruturantes, para fazer face ao problema de escassez de água no semiárido", declarou.
Por fim, questionado sobre a política de convivência com a seca, o ministro da Integração Nacional citou a importância dos programas sociais, como Bolsa Família e Bolsa Estiagem, que atendem a população das cidades em estado de calamidade e que dobraram a renda per capita no semiárido.