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Ministro Bruno Araújo apresenta modelo de gestão a empresários
A convite do Movimento Brasil Competitivo, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, esteve hoje (23) em São Paulo para levar o atual modelo de governança e gestão desenvolvido na Pasta.
Dentre os destaques, Araújo relacionou os secretários nacionais que compõem o corpo técnico do Mcid para enfrentar os gargalos nas áreas de habitação, mobilidade urbana, saneamento, entre outras demandas. “Nosso grande desafio é reunir pessoas qualificadas e conceituadas para tocar áreas de extrema importância para o desenvolvimento do Brasil. Mas conseguimos montar um grande time que tem colaborado para que possamos restabelecer uma relação de confiança com a sociedade”, disse o ministro.
Ao apresentar os dados da situação herdada quando assumiu a Pasta, Araújo informou que os compromissos assumidos com obras do Programa de Aceleração do Crescimento correspondem a 40 anos de orçamento do Mcid e não poderia ser cumprido. “Contratos de R$ 100 milhões foram assinados sem nenhuma possibilidade de emprenho futuro. Sem contar que não havia nenhuma contratação da Faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida e ainda fomos acusados de querer acabar com o programa”, esclareceu.
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O ministro ressaltou o lançamento do Faixa 1,5 do MCMV, que atende famílias com renda de até R$ 2.300, com subsídio de R$ 45 mil. Para 2016, serão contratadas 40 mil unidades em todo o País neste ano.
“Era uma demanda antiga que tiramos do papel para atender uma parcela da sociedade que pode contribuir para ter sua moradia”, disse.
Para o Faixa 1, o ministro destacou que haviam 60 mil unidades paralisadas. O número já diminuiu para 33.887 unidades e, em alguns meses, segundo ele, todas as obras serão retomadas.
Araújo reforçou ainda que o Mcid fará campanha de conscientização para reduzir a inadimplência nos programas. “A sociedade deve entender que a relação deve ser de parceria e que precisamos dos valores pagos em dia para continuar atendendo novos beneficiários”, defendeu.
Dentre as novidades, o Cartão Reforma, novo programa social do governo federal recentemente lançado, recebeu destaque durante o encontro. “Vamos transferir recursos para que as pessoas possam melhorar suas moradias e estimular a geração de emprego e renda”, disse.
Como próxima ação da Pasta, o ministro anunciou que está em desenvolvimento um programa de regularização fundiária para garantir escritura pública gratuita às famílias com renda de até R$ 1.800 e, para demais rendas, garantir que possam ter o registro do imóvel a um valor mais acessível. “Ainda é um embrião, mas queremos que núcleos informais, como comunidades e assentamentos irregulares, possam ser alvo de investimento público federal”, adiantou.
Para mobilidade, o ministério trabalha em levantamento de todos os empreendimentos e projetos de obras para priorizar os mais importantes e mais próximos de serem concluídos. Já na área de saneamento, o ministro apresentou o modelo de debentures, captação de recursos privados por meio de ações, para buscar parceria com o setor privado. “Autorizamos já quase R$ 1 bilhão para ver como o mercado se comporta. Hoje, o setor privado é responsável por 5% do serviço de saneamento no Brasil, mas já responde por 20% dos investimentos na área com R$ 2,5 bilhões”, disse.
Participaram do encontro Jorge Gerdau, presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo, Dante Alario, presidente da Biolab, Afonso Lamounier, vice-presidente da SAP, Elcior Santana, professor da Georgetown University, dentre outros empresários.