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Ministro apresenta em Montes Claros (MG) ações prioritárias para alavancar o crescimento econômico da região
Em encontro sobre sistema de transportes, Gustavo Canuto destacou a importância da multimodalidade para desenvolvimento regional
Brasília-DF, 13/9/2019 – A duplicação do trecho entre Montes Claros e Cachoeira de Pajeú da BR-251; a conclusão do Anel Viário de Montes Claros; e a pavimentação do sistema rodoviário Montes Claros-Ilhéus (BA). São esses os projetos prioritários para o crescimento econômico da região destacados pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, durante o Encontro Multimodal de Transportes do Norte de Minas, nesta sexta-feira (13), em Montes Claros (MG).
“Esses são projetos muito importantes para a região. Vão permitir maior dinamismo para a economia local e melhorar a qualidade de vida da população. Eles estão previstos no Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e foram selecionados por meio de amplo debate com os governos estaduais. Vamos buscar os recursos para implementá-los, sempre de olho no estímulo a diferentes fontes de investimentos, como concessões públicas e as parcerias público-privadas, além dos aportes que o Governo Federal e os governos estaduais farão”, observou o ministro Canuto.
No encontro, Gustavo Canuto reforçou a importância do fortalecimento de cidades intermediárias como Montes Claros na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) para permitir o crescimento econômico das regiões. Ao todo, foram identificados 41 municípios nos 11 estados que compõem a área da Sudene para servirem como polos de influência para outras cidades de menor porte ao seu redor.
A medida é uma das prioridades apontadas no PRDNE , que foi aprovado pelos governadores da região em junho deste ano . “Nós temos que valorizar o que o Norte de Minas, o Norte do Espírito Santo e o Nordeste têm de positivo para a economia do século 21. Assim, vamos enfrentar as heranças negativas acumuladas ao longo do século passado. Para isso, propomos investir no desenvolvimento das cidades intermediárias dessa região, para que elas sirvam como âncoras para os sistemas inovativos e produtivos locais e fomentem o crescimento econômico e social dos municípios menores que estão ao seu redor. Essa é uma aposta estratégica do Ministério do Desenvolvimento Regional”, afirmou Gustavo Canuto.
O critério de escolha das localidades considerou as novas regiões intermediárias mapeadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017. Foram avaliados, ainda os fluxos econômico, histórico, político e de crescimento produtivo. A população das 41 cidades abrange mais de 6,7 milhões de habitantes.
O Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste está alinhado à nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que tem por objetivo fortalecer a capacidade produtiva em áreas menos desenvolvidas do País – especialmente as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para tanto, serão feitos esforços para estimular a diversificação econômica, os ganhos de competitividade e o aumento da eficiência nos investimentos públicos.
FNE
A porção norte de Minas Gerais é uma das áreas atendidas pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). No primeiro semestre deste ano, a região teve acesso a R$ 745,5 milhões em créditos viabilizados pelo fundo. Foram fechados mais de 28,4 mil contratos nesse período, beneficiando empreendedores de diversos setores econômicos e produtores rurais.
Como um todo, o FNE já viabilizou R$ 13,4 bilhões para os nove estados nordestinos e as partes norte de Minas Gerais e Espírito Santo nesse período.
O FNE é um dos três fundos constitucionais criados para implementar a política de desenvolvimento regional e reduzir as desigualdades entre as diferentes áreas do País – os outros são o do Centro-Oeste (FCO) e do Norte (FNO). Apesar de oferecer condições atrativas também a grandes investidores, os recursos são voltados, prioritariamente, a atividades de pequeno e médio porte. Para o setor rural, inclusive, as taxas de juros são as mais baixas de mercado e contemplam agricultores familiares por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).