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MIDR e Governo do Amapá realizam oficina para fomentar Rota do Açaí no Arquipélago do Bailique
Oficina bordou temas como subsistemas de insumos, produção, processamento e comercialização, financiamento, capital social, regulamentação, agregação de valor, meio ambiente e infraestrutura (Foto: Divulgação/MIDR)
Brasília (DF) – O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Governo do Amapá realizaram, nessa terça-feira (23), em Macapá, a Oficina de Planejamento Estratégico do Polo da Rota do Açaí do Bailique.
O evento integra missão técnica realizada pelo MIDR nos últimos dias, com o objetivo de levantar subsídios e debater a criação de um polo da Rota do Açaí no Arquipélago do Bailique, que reúne oito ilhas localizadas no delta do Rio Amazonas, a 160 quilômetros da cidade de Macapá.
Além da oficina, os representantes do MIDR realizaram visitas técnicas em regiões produtivas do Bailique. A estratégia visa aumentar a produtividade do fruto nas ilhas, além de ampliar o mercado para outras localidades da Região Norte do País.
Realizado na sede do Sebrae Amapá, a oficina contou com a presença de atores regionais estratégicos para a cadeia produtiva, como produtores, cooperativas, empresários, investidores, órgãos de fomento e instituições de ciência e tecnologia, além de representantes dos setores públicos federal, estadual e municipal.
O evento abordou temas como subsistemas de insumos, produção, processamento e comercialização, financiamento, capital social, regulamentação, agregação de valor, meio ambiente e infraestrutura.
Coordenadora de Gestão de Território da Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Simone Noronha foi uma das participantes da missão. Ela destacou a importância da oficina.
“Esses encontros têm a intenção de agregar todos os interessados na cadeia produtiva do açaí, para pensarmos juntos projetos a partir de um diagnóstico”, afirmou Simone. “Saímos com uma carteira de 20 projetos, divididos em quatro eixos: insumos e produção; beneficiamento e agregação de valor; infraestrutura e financiamento; e inovação e tecnologia. O saldo foi muito positivo. Saímos daqui com uma sensação de dever cumprido e trabalho bem-feito”, completou a coordenadora.
Rotas de Integração Nacional
A Rota do Açaí no Amapá integra o Programa Rotas de Integração Nacional. A iniciativa busca estimular o empreendedorismo, o cooperativismo e a inclusão produtiva, por meio do fortalecimento de redes de sistemas produtivos e inovativos locais, existentes ou potenciais, de forma a integrá-los a sistemas regionais, nacionais ou globais.
Atualmente, o MIDR reconhece, em todo o País, 6 polos da Rota do Açaí; 6 da Rota da Biodiversidade; 2 da Rota do Cacau; 15 da Rota do Cordeiro; 2 da Rota da Economia Circular; 5 da Rota da Fruticultura; 6 da Rota do Leite; 9 da Rota do Mel; 4 da Rota da Moda; 7 da Rota do Pescado; e 4 da Rota da Tecnologia, Informação e Comunicação (TIC).
Segurança hídrica
Além do fomento à produção de açaí, o MIDR também vem buscando soluções para garantir segurança hídrica para o Arquipélago do Bailique. No início do mês, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, conheceu projeto com esse objetivo desenvolvido pelo Instituto Senai de Inovação (ISI) em Química Verde, em parceria com o Senai do Amapá.
Batizado de "Água potável para comunidades ribeirinhas no Delta do rio Amazonas: uma solução multidisciplinar de Engenharia, Química e Biologia para o Arquipélago do Bailique”, o projeto tem o objetivo de atender cerca de 15 mil pessoas em 56 comunidades indígenas e quilombolas do arquipélago amapaense. Saiba mais neste link.
“O Arquipélago do Bailique é uma região que tem um potencial enorme a ser explorado. E, para isso, é preciso garantir que a população tenha acesso a água de qualidade, a energia, entre outros serviços essenciais”, destaca Waldez Góes. “Nossa responsabilidade como Governo Federal é liderar políticas públicas para isso. Abrimos várias parcerias, diálogos, participamos de audiências públicas e agora fizemos esta reunião já com a sinalização, a definição de uma tecnologia apropriada para aquela realidade”, acrescentou.
Waldez Góes ressaltou que garantir segurança hídrica a toda a população brasileira é um dos objetivos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o Bailique é uma prioridade. “É uma região onde vivem mais de 50 comunidades na foz do Amazonas, no encontro do rio com o mar, e que não podem ficar sem uma solução para água potável e energia renovável”, afirmou. “No caso da água, devemos lançar em breve o novo programa Água para Todos, que terá como uma das metas a dessalinização de águas salobras do Bailique para possibilitar o consumo humano”, finalizou.