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MIDR debate estratégias para segurança hídrica do Arquipélago do Bailique, no Amapá
Ministro participou de audiência pública para debater soluções para dessalinização das águas do arquipélago do Bailique e para a resolução do fenômeno das terras caídas (Fotos: Márcio Pinheiro/MIDR)
Brasília (DF) – O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, participou, nesta segunda-feira (17), de audiência pública realizada pela Câmara Legislativa do Estado do Amapá, que busca soluções para dessalinização das águas do arquipélago do Bailique e para a resolução do fenômeno das terras caídas, que causa o desmoronamento das margens do Rio Amazonas, provocado pela força violenta da maré na região. O Bailique é um conjunto de oito ilhas localizadas a 160 quilômetros da cidade de Macapá.
Em sua fala durante a sessão on-line, Waldez Góes destacou que se responsabilizará pela criação de um Grupo de Trabalho do Governo Federal para dialogar com o estado do Amapá na resolução dessas duas questões. “São muitas entidades públicas que já detêm conhecimento, pesquisas e informações. Precisamos reunir tudo isso em uma relação de diálogo permanente entre os governos federal e do estado. Isso é fundamental”, afirmou. “Vamos fazer a interlocução com outros ministérios na busca de soluções conjuntas para os problemas que o arquipélago enfrenta, tanto na questão social quanto econômica”, completou.
Sobre a questão da dessalinização das águas subterrâneas, o MIDR vai realizar estudos para ver como viabilizar essa iniciativa na região. Uma das possibilidades é por meio do Programa Água Doce, que prevê a construção de dessalinizadores. “Temos feito estudos para modernizar as formas de fazer chegar água potável a quem mais precisa. E também faremos isso no caso do Bailique”, destacou Waldez Góes.
O ministro também ressaltou a importância de dar solução à questão das terras caídas. “Esse é um problema do Brasil, pois estamos falando da foz do Amazonas, do encontro do rio com o mar, em que, ao longo do tempo, surgiu um fenômeno que, além de interferir na vida social e econômica daquelas comunidades, desperta uma necessidade de resposta mais estruturada”, avaliou.
O presidente da Associação dos Produtores Agroextrativistas da Ilha Franco (APAIF), Raimundo do Santos Quaresma, representou as comunidades do Bailique no evento. De acordo com ele, é preciso um estudo técnico para entender a causa do fenômeno, além da solução para que seja evitada a situação. Ele pontou outras dificuldades que a população local enfrenta. “Temos dificuldades com energia elétrica, passarelas e infraestrutura. Estamos dispostos a ter parcerias com todos os órgãos, tanto municipais, estaduais e federal, para que possamos melhorar a vida da população”, apontou.
Paraíba
Também nesta segunda-feira, o ministro Waldez Góes recebeu o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB/PB) e os deputados estaduais paraibanos Taciano Diniz e Romualdo Quirino ( foto à esquerda ). Na pauta, ações para aumentar a segurança hídrica no estado.
“O que vimos aqui hoje foi o ministro bastante solícito. Ele abriu espaço em sua agenda para debatermos demandas importantes relacionadas ao Projeto de Integração do Rio São Francisco, como é o caso do Vale do Piancó e de bacias hidrográficas do nosso Cariri”, destacou o senador. O Vale do Piancó abrange 17 municípios paraibanos.
“Nós temos um compromisso integral, até porque é uma das prioridades do presidente Lula, com a política pública para minimizar os problemas acarretados pela falta de água em todo o país, principalmente no Nordeste brasileiro”, afirmou Waldez Góes. “Além de garantir recursos para a transposição do São Francisco e suas obras complementares, também estamos intensificando projetos e estudos para buscar soluções mais modernas e eficientes para garantir segurança hídrica às localidades que tradicionalmente sofrem com a falta d´água”, completou o ministro.