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MI receberá plano de resposta para minimizar efeitos das cheias no Amazonas
Documento, que será analisado pela Defesa Civil Nacional, detalha necessidades do estado para ações de assistência humanitária às famílias atingidas
O Ministério de Integração Nacional deve receber nos próximos dias Plano Detalhado de Resposta (PDR) do governo do Amazonas com as demandas dos municípios atingidos por inundações. O documento, que será analisado pela Secretaria Nacional de Proteção e Civil, especificará as necessidades do estado para o fornecimento de assistência humanitária às famílias atingidas.
As ações foram discutidas nesta segunda-feira (18/5), durante visita do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, ao Amazonas. "Nosso objetivo é minimizar os efeitos das cheias e ajudar as famílias", afirmou o titular da pasta, que se reuniu pela manhã, em Manaus, com o governador José Melo.
À tarde, Occhi e Melo sobrevoaram os municípios de Anamã, Iranduba e Manacapuru, na bacia do rio Solimões. Em Anamã, participaram de reunião de monitoramento com a presença do secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira, e de autoridade locais. As enchentes afetaram 4 mil famílias na cidade. Segundo a Defesa Civil estadual, a cheia de 2015 é 55% maior em relação ao ano passado.
Até o momento, 19 municípios do Amazonas estão com situação de emergência reconhecida pelo governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração Nacional (MI). As cidades estão localizadas nas bacias dos rios Juruá (7), Purus (4) e Solimões (8) - veja abaixo.
O ministro mobilizou a equipe técnica do MI para atender com rapidez novos pedidos de reconhecimento de situação de emergência e definir os quantitativos de ajuda humanitária que serão enviados.
Occhi afirmou ainda que o governo federal permitirá aos trabalhadores prejudicados sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "Além disso pequenos e grandes agricultores poderão renegociar suas dívidas na Caixa Econômica, no Banco do Brasil e no Banco da Amazônia", assegurou o ministro.
Apoio
O MI já liberou R$ 3,9 milhões para ações de socorro e assistência aos municípios das calhas dos rios Juruá e Purus. Desse total, R$ 1,7 milhão foi repassado aos municípios de Envira, Tapauá, Eirunepé, Canutama, Itamarati, Boca do Acre e Carauari e R$ 2,2 milhões para a compra de 5.850 kits de alimentos, 4.000 galões de água, 1.500 kits de higiene pessoal e 2.050 colchões.
Em março, o ministro Gilberto Occhi esteve no município de Eirunepé para visitar os bairros Morada do Sol e Nossa Senhora Aparecida (conhecido como Ponte Ponta do Vento), atingidos pelas cheias do rio Juruá.
Municípios com situação de emergência reconhecida pela Sedec:
- Guajará, Eirunepé, Envira, Ipixuna, Itamarati, Carauari e Juruá (bacia do rio Juruá);
- Tapauá, Canutama, Lábrea e Pauini (bacia do rio Purus*);
- Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Amaturá, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tefé e Tonantins (bacia do Solimões).
* Em Boca do Acre (Purus), a Sedec reconheceu estado de calamidade pública.