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MI e Acre se preparam para possível cheia do Rio Madeira
Ministério destaca importância da preparação e de responsabilidades comuns entre esferas federal e estadual
Preparação para o risco de desastre em razão da possível enchente do Rio Madeira em 2015. Esse é o principal assunto da reunião desta quinta-feira (8/1), em Rio Branco, convocada pelo Governo do Estado do Acre. Participam do encontro representantes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério da Integração Nacional (MI), do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, da Defesa Civil do Estado, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, de setores da iniciativa privada, dentre outros.
Na segunda-feira (5/1), o nível do Rio Madeira era de 13,98m, considerado normal para o período. Mas, em abril de 2014, atingiu a cota máxima - de 19,74m -, causando a maior enchente já registrada na história da região e deixando um rastro de prejuízo nos Estados do Acre, Rondônia e Amazonas.
No encontro, o representante da Sedec, Marcus Suassuna, falou sobre a importância das reuniões preparatórias e de responsabilidades comuns. "O governo precisa estar bem preparado para enfrentar essas ocorrências, porque o nosso foco principal é fazer com que a população sofra o menos possível", explicou. Suassuna acrescentou que Acre e Rondônia, outro Estado que sofreu com a enchente de 2014, podem contar com o apoio do Governo Federal nas questões de defesa civil.
A governadora em exercício, Nazaré Araújo, assegura que a defesa civil de Rio Branco está capacitada para enfrentar os desastres naturais. Ela destacou a capacidade de resposta em relação à última enchente do Rio Madeira como rápida e eficiente, graças à atuação conjunta dos governos federal, do Acre e de Rondônia. "Essa atuação foi exemplo para todo o País. Rompemos fronteiras. Tivemos de buscar suprimentos no Peru para atender à população", disse.
Para Nazaré, é importante a elaboração de políticas públicas de defesa civil para atuar de forma mais ágil e eficaz. "As cheias são uma realidade da região, mas nosso maior desafio é a falta de previsão em relação ao clima."
O secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Edegard de Deus, disse que era importante se preparar para o pior e torcer para que ocorra o melhor. "De qualquer forma, o Estado do Acre estará preparado para enfrentar os desafios naturais."
O chefe de Operação da Polícia Federal Acre - Rondônia, João Ribeiro, informou que, para evitar os improvisos do ano passado, foi construída uma estrutura de portos para o abastecimento da população e transporte de veículos. "Não podemos deixar que a vulnerabilidade da BR-364 nos afete novamente", explicou.
Enchente de 2014
Em razão da enchente do Rio Madeira em 2014, o Acre enfrentou falta de combustível e de alimentos. Na época, o Ministério da Integração Nacional liberou aproximadamente R$ 7,5 milhões ao Acre para ações de socorro e assistência, além de enviar viaturas (caminhões, caçambas e camionetes), helicóptero, barcos, motores de popa e militares dos Bombeiros, Polícia Militar e Exército Brasileiro.
Em Porto Velho (RO), as ruas, antes ocupadas por veículos, foram tomadas por embarcações. O Estado de Rondônia recebeu cerca de R$ 16 milhões do Governo Federal, além de recursos materiais dos ministérios da Defesa, do Desenvolvimento Social e da Saúde.