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MI destaca importância do setor privado na redução do risco de desastres
Em fórum sobre o tema em São Paulo, secretário da pasta afirma que envolvimento de todos os setores da sociedade contribuirá para a defesa civil
O envolvimento do setor privado do País é importante para a prevenção e o enfrentamento de desastres. Essa é a avaliação do secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional (MI), Adriano Pereira. Ele representou a pasta no "Fórum de Lideranças Empresariais para a Redução do Risco de Desastres", nesta terça-feira (2/12), em São Paulo.
Promovido pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR), o encontro foi organizado com o objetivo de mobilizar e engajar o setor privado brasileiro sobre a importância da redução do risco de desastres. A ideia é fortalecer o diálogo e compartilhar experiências e boas práticas entre as empresas privadas nacionais e internacionais.
"Para construirmos um Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil ainda mais eficaz, é importante o envolvimento de todos os setores da sociedade. E isso também inclui as empresas privadas", afirmou Pereira, na abertura do encontro, referindo-se ao sistema que organiza o setor no país - o Sindpec é coordenado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do MI.
Pereira também falou sobre a mudança cultural que vem ocorrendo no Brasil desde o deslizamento de terra ocorrido no Morro do Bumba, em Niterói (RJ), em 2010. A partir do desastre, foi iniciado o trabalho que resultou na concepção e no lançamento, em 2012, do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, do Governo Federal.
"A partir do evento de Niterói, começamos a preparar, de forma ainda melhor, com cursos e simulados, a população para agir nessas situações", explicou o secretário. "E estamos modificando gradativamente as legislações para que se tenha mais agilidade no atendimento e socorro às vítimas", completou.
ONU
A representante especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlström, disse que o Brasil vem aprendendo muito sobre o tema. Ela acredita que 2015 será um ano importante para o assunto, em razão da realização de eventos internacionais como a Terceira Conferência Mundial das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres, que ocorrerá no Japão em março.
Em sua apresentação, o sócio presidente da Pricewaterhouse Coopers, Fernando Alves Filho, falou sobre a "Iniciativa Rise", ação que reúne os principais nomes do mundo dos negócios, investimentos, seguros, setor público, educação e sociedade civil para integrar a gestão do risco de desastres no planejamento corporativo, investimentos e tomadas de decisão. "A ideia dessa campanha é tornar a redução de riscos e desastres uma premissa no setor, para que se definam estratégias de gestão", informou.
Já o prefeito de Campinas, Jonas Donizette, destacou as principais ações que o município tem implementado para diminuir o risco de desastres, como o apoio à defesa civil local e o treinamento da sociedade para reagir a alagamentos e deslizamentos.