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MI apoiará Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia
A estratégia é composta por ações de órgãos federais, em parceria com estados e municípios. O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil do MI atuará no conjunto de medidas do plano
O governo federal lançou, neste sábado (5/12), o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. O anúncio foi realizado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, após a reunião de trabalho sobre as ações de combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, chikungunya e Zika), em Recife (PE). O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira, acompanharam a presidenta no evento. O Ministério da Integração Nacional (MI) apoiará o plano por meio do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
Para a execução do conjunto de medidas em combate ao mosquito, o MI instalará a Sala Nacional de Coordenação Interagências, no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da pasta. Também serão implementadas salas estaduais, com representantes do Ministério da Saúde, secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública (PM e Bombeiros), Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas.
O plano contempla a mobilização de vários ministérios e órgãos federais, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. A estratégia é dividida em três eixos: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais intensificarão o enfretamento ao Aedes aegypti.
Na ocasião, a presidenta destacou a importância da atuação da população para o cuidado com a água parada nas residências, que viram foco de reprodução do mosquito. "É uma questão que tem que unir todos nós, é uma questão de saúde pública do Brasil. Estamos dando início aqui em Pernambuco uma campanha que visa articular todos os nossos programas", completou.
Mobilização nacional
O combate ao mosquito Aedes aegypti é fundamental para o controle do surto de microcefalia no país. Serão realizadas mobilizações com agentes comunitários de saúde, de combate a endemias e com a participação da sociedade civil para reforçar a orientação à população.
As Forças Armadas e a Defesa Civil apoiarão o transporte e a distribuição de inseticidas e de profissionais de saúde, com visitas a residências para eliminação e controle do vetor, além de mobilizações, como mutirões.
O Programa Saúde na Escola vai envolver professores, alunos e familiares no combate ao mosquito. Universidades públicas e privadas e institutos federais serão incentivados a participar das atividades de prevenção e eliminação do vetor. Também serão realizadas mobilizações entre os profissionais e usuários dos Centros de Referência de Assistência Social, da Rede de Segurança Alimentar e beneficiários do Bolsa Família.
Atendimento
Para garantir o cuidado adequado às gestantes e bebês, o Ministério da Saúde está disponibilizando a todos os profissionais de saúde o Protocolo e Diretrizes Clínicas para o atendimento da microcefalia. Além disso, será ampliada a cobertura de tomografias e o apoio a criação de centrais regionais de agendamento dos exames.
Para tratar dos bebês com a malformação, está prevista a ampliação do atendimento do plano Viver sem Limite, voltado à pessoa com deficiência, com a implantação de 89 novos centros de reabilitação, além dos 125 existentes. Profissionais da Atenção Básica e os profissionais do Programa Mais Médicos também serão envolvidos nas ações de promoção, prevenção e assistência a pacientes. A Rede Cegonha vai fortalecer a atenção para gestantes e crianças.
Pesquisa
O governo federal vai incentivar a realização de pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias voltadas ao diagnóstico do vírus e suas correlações, além de fomentar pesquisas para o controle do mosquito Aedes aegypti, com técnicas inovadoras. A microcefalia também será estudada.
Com informações do Blog do Planalto e do Ministério da Saúde