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MDR lança publicação com dados de 30 anos de desastres no Brasil
Brasília (DF) – O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) lançou, nesta quarta-feira (6), uma publicação digital sobre os 30 anos de gestão de riscos e desastres no Brasil. Com enfoque nos impactos e aspectos sociais, econômicos e ambientais das ocorrências, a edição traz dados coletados entre 1991 e 2020. A publicação apresenta, ainda, um histórico nacional e internacional sobre o trabalho de proteção e defesa civil. Clique neste link para acessar.
O material analisa a evolução das medidas de gestão de riscos e desastres no País, identificando as principais mudanças no Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec) e as ações implementadas durante o período.
“Este lançamento representa nosso compromisso com a divulgação irrestrita dos dados de desastres nacionais, fornecendo subsídios para instituições parceiras que muito contribuem com a gestão de riscos e desastres no Brasil, além de acadêmicos e instituições de pesquisa que desenvolvem conhecimento técnico-científico sobre desastres”, destaca o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil do MDR, coronel Alexandre Lucas. "Além disso, a publicação reforça a transparência das ações do Sinpdec". completa.
As ações da Defesa Civil Nacional englobam as etapas de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas a reduzir os efeitos dos desastres e tornar a população mais resiliente. Para isso, ao longo dos anos, diferentes mecanismos foram desenvolvidos, aplicados e atualizados, resultando na correlação entre o conhecimento das ocorrências e a evolução das ações de Proteção e Defesa Civil.
“Uma efetiva gestão de riscos de desastres tem como ponto de partida um profundo conhecimento acerca dos riscos aos quais a população está exposta. Além dos esforços de diversas instituições parceiras nos trabalhos de mapeamento de áreas de risco e monitoramento de ocorrências, o registro histórico de desastres é um dado fundamental na compreensão dos padrões de ocorrência, recorrência e consequências destes eventos”, explica Alexandre Lucas.
O secretário destaca a importância do Marco de Sendai para Redução de Risco de Desastre, que, em 2015, definiu a compreensão do risco como a primeira prioridade, pois permite que a gestão pública priorize ações de prevenção com base em dados objetivos.
Nesse sentido, o estudo do histórico dos desastres permite compreender os fatores que compõem o risco (ameaça, exposição e vulnerabilidade), para tornar as cidades resilientes e aumentar a capacidade de enfrentamento, sendo, assim, possível mitigar os impactos provenientes de desastres futuros.
30 anos de desastres
A publicação digital traz informações divididas por etapas. Inicialmente, são apresentados os marcos nacionais e internacionais relacionados ao processo de evolução da proteção e defesa civil e a construção da política nacional, identificando, cronologicamente, por meio de uma linha do tempo, os principais marcos históricos relacionados ao tema.
Em seguida, a análise histórica é apresentada em conjunto com a linha do tempo que marca os 15 eventos de maior destaque no Brasil. Por fim, é apresentado um ensaio sobre os desafios e o futuro da proteção e defesa Civil com base nas análises históricas desenvolvidas e nas ações esperadas para a gestão de riscos de desastres no Brasil.