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MDR investe R$ 51 milhões para profissionalizar produção de mel no País
Produto brasileiro possui alta qualidade e se destaca nos mercados nacional e internacional
A apicultura é uma alternativa importante para a diversificação da atividade econômica nas regiões que sofrem com a estiagem, pois podem ser implementadas em qualquer clima, apresentam baixo investimento, custo e rápido retorno financeiro. Por reconhecer a sua importância na geração de emprego e renda, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) já disponibilizou R$ 51 milhões para apoiar a profissionalização e estruturação do trabalho dos pequenos produtores rurais que produzem mel – os apicultores, cuja data é celebrada hoje, 22 de maio.
Atualmente, existem cinco Polos da Rota do Mel estruturados pelo País:Polo do Mel Norte de Minas Gerais; Polo do Mel de Jandaíra, no Rio Grande do Norte; Polos Mel Campo de Cima da Serra e Mel Pampa Gaúcho, no Rio Grande do Sul; e Polo do Mel do Sertões de Crateús e Inhamuns, no Ceará. Todos os Polos abrangem 133 municípios e cerca de 10 mil produtores. Há a perspectiva de criar novos Polos ainda neste ano.
Graças ao incentivo do MDR, o produto dessas regiões ganhou posição de destaque nos mercados interno e externo. O Programa Rotas da Integração Nacional, executado pela Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano (SDRU), do MDR, atua desde 2011 no fortalecimento da Rota do Mel e de outras cadeias produtivas locais, oferecendo apoio como cursos de capacitação e kits aos produtores familiares.
O mel brasileiro se destaca, tanto nos mercados nacional quanto internacional, pela sua qualidade, pureza e especificidades. O Polo do Mel Campos de Cima da Serra, por exemplo, oferta o mel branco a partir do manejo de abelhas nativas. O Polo do Mel Norte de Minas Gerais – o maior, com 54 municípios – produz o mel de aroeira, conhecido internacionalmente pelas suas propriedades medicinais, especialmente relacionadas ao combate de doenças estomacais. Já o Polo do Mel de Jandaíra possui uma especificidade em relação às abelhas: por elas não possuírem ferrão, elas não picam e produzem um mel menos doce, mais líquido e mais suave.
No Ceará, o desafio atual é recuperar o título de maior produtor de mel do Nordeste, além de conquistar espaço nos mercados nacional e internacional. A expectativa do Governo Estadual é que a receita bruta receba um acréscimo de mais de R$ 3,13 milhões já no próximo ano, graças ao crescimento esperado de 22% na produção de mel e seus derivados.
Profissionalização - Muitas das famílias atendidas pelo Projeto já criavam abelhas e produziam mel, mas sem os equipamentos e as técnicas adequadas. Os kits distribuídos pelo Ministério aos produtores familiares são compostos por colmeias, melgueiras, suporte, cera, equipamentos de proteção individual, carretilha manual, formão e fumigador.
Além disso, é oferecido treinamento que envolve noções teóricas e práticas sobre a anatomia e biologia das abelhas, floradas apícolas, instalação de apiários, métodos de povoamento e de manejo das colmeias, uso dos materiais necessários, controle fitossanitário, a relação das abelhas com o meio ambiente, entre outros temas. Os investimentos também englobam a construção de Unidades de Extração de Produtos da Abelha e de Beneficiamento de Mel em regiões consideradas estratégicas.