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MDR debate oportunidades com novo marco do saneamento em conferência on-line
Durante a conferência, Carla Barroso apontou os benefícios e as oportunidades para desenvolvimento do País com os investimentos no setor de saneamento (Foto: Reprodução)
Brasília (DF) – Construir um ambiente favorável e atrair investimentos estrangeiros para oportunidades no setor de saneamento básico no Brasil. Essa tem sido uma das estratégias do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para alcançar a universalização do serviço até 2033, como proposto pelo novo marco regulatório do setor, sancionado no ano passado. Nesta quarta-feira (14), a chefe da Assessoria Internacional do MDR, Carla Barroso, participou da Brazil Conference at Harvard & MIT e destacou os esforços da Pasta para atingir a meta.
Atualmente, cerca de 100 milhões de brasileiros não têm acesso a esgoto e cerca de 35 milhões não têm abastecimento de água. “Quando falamos em saneamento básico no Brasil, estamos tratando de abastecimento de água, esgotamento sanitário, tratamento de resíduos sólidos e drenagem. É um conceito que só existe neste formato em nosso País”, explicou Carla Barroso. “O governo está empenhado e estou confiante de que conseguirá a universalização do saneamento básico até 2033”, completou.
Em parceria com entidades setoriais, o MDR vai oferecer cursos de capacitação para o setor privado e para gestores públicos interessados em alinhar seus projetos de obras às melhores práticas internacionais nas áreas ambiental, social e de governança (ASG).
“Há um movimento interessante entre os investidores institucionais. A lógica para a busca por ativos alinhados aos critérios ASG está migrando de motivações reputacionais para obrigações estatutárias, para, finalmente, se basearam também em menor risco e maior rentabilidade”, ressaltou a chefe da Assessoria Internacional.
Carla Barroso também apontou os benefícios e as oportunidades para desenvolvimento do País com os investimentos no setor. “Cada R$ 1 investido no saneamento básico significa R$ 4 a menos com gastos na saúde. R$ 1 bilhão de investimentos em obras de saneamento geram 60 mil empregos, que tendem a se manter por um longo tempo. Investimento em saneamento tem um efeito transversal em toda a economia. Se tivermos uma melhor cobertura, isso afetará positivamente os indicadores de saúde e educação e a geração de emprego e renda”, enfatizou.
O diretor de Infraestrutura, Concessões e Parcerias Público Privadas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fábio Abrahão, e o presidente da organização G10 Favelas, Gilson Rodrigues, também participaram do encontro-online. A moderação do evento foi do presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos.
O Brazil Conference at Harvard & MIT é realizado pela comunidade brasileira de estudantes em Boston (EUA) e promove encontro com líderes do País.
Confira a íntegra do debate: