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MDR apresenta resultados e ações do projeto Eficiência Energética para o Desenvolvimento Urbano Sustentável
Brasília (DF) – O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) promoveram, nesta terça-feira (23), o evento Bairros e edifícios: a eficiência energética para o desenvolvimento urbano sustentável. A conferência on-line abordou os resultados e os temas do projeto Eficiência Energética para o Desenvolvimento Urbano Sustentável (EEDUS), iniciativa que busca melhorar a eficiência energética em moradias de interesse social no Brasil.
O secretário nacional de Habitação, Alfredo dos Santos, foi responsável pelo painel de abertura do evento. Ele ressaltou que a eficiência energética vem alterando os padrões da produção e as práticas do setor da construção civil mundo afora. Nesse contexto, observou que os edifícios sustentáveis se tornam cada vez mais relevantes.
“Habitação de interesse popular pode ter arquitetura, deve levar em consideração conforto térmico para as famílias, a moradia precisa estar inserida num contexto social de geração de emprego e renda. Então, certamente, esta apresentação levará ao conhecimento das pessoas como essa parceria foi importante”, afirmou.
O projeto EEDUS mostrou que as construções civis com eficiência energética podem causar menor impacto ambiental durante todo seu ciclo de vida, desde a etapa de projetos, tornando os edifícios adequados ao clima local, passando pela escolha de materiais, até a destinação final dos resíduos de demolição.
A ministra conselheira pela Embaixada da Alemanha e chefe da Cooperação de Desenvolvimento Sustentável, Petra Schmidt, afirmou que o projeto focou na habitação social, enfrentando o desafio de equilibrar, na mesma medida, os três eixos da sustentabilidade: ecológica, econômica e social.
“O projeto EEDUS analisou a situação social e ambiental dos moradores em vários empreendimentos construídos no programa habitacional do Governo Federal. O projeto deslocou o foco das quatro paredes para a cidade, porque o habitat não se limita apenas à casa. Especialmente em climas tropicais, os espaços públicos têm enorme potencial”, destacou Petra.
Além de cursos e diálogos sobre os impactos da eficiência energética na construção civil, o projeto EEDUS contribuiu com ações já implementadas. A CECarbon, calculadora de consumo energético e emissões de carbono para edificações, passou a ser uma importante ferramenta na construção dos empreendimentos .
A modernização do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) também está entre os legados da parceria entre o MDR e a GIZ. O modelo de gestão compartilhada e de cooperação entre os setores público e privado regulamenta a qualidade construtiva das habitações sociais por meio de avaliações de conformidade das empresas, dos fabricantes de materiais e dos sistemas construtivos.
Concurso arquitetônico
Outra iniciativa destacada durante a conferência desta terça-feira foi o Concurso de Arquitetura “Habitação de Interesse Sustentável. O projeto buscou soluções inovadoras e viáveis de modelos de habitações sociais, como as construídas por meio do Programa Casa Verde e Amarela.
O concurso teve como critério de seleção quatro eixos: eficiência energética, industrialização, adaptabilidade e custo. Os projetos inscritos deveriam garantir mais conforto ambiental com menos custo e menor consumo de energia e terem a possibilidade de serem reproduzidos em larga escala. Além disso, devem se adaptar às mais variadas condições de climas e terrenos brasileiros, além de se adequar à realidade financeira do Brasil.
Os três projetos vencedores serão construídos em terrenos de COHABs selecionados por edital, atendendo famílias de baixa renda de três cidades brasileiras ainda a serem confirmadas.