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Mamona pode ser alternativa para biocombustível no semiárido
TEL AVIV (Israel) - Técnicos do Ministério da Integração Nacional se reuniram nesta terça-feira (1/11) com representantes da Evogene Company, empresa de melhoramento genético de plantas. A proposta é expandir e qualificar, com apoio da Embrapa, os estudos sobre a mamona como alternativa na produção de biocombustível no semiárido nordestino.
Outras culturas estão sendo avaliadas, como é o caso do agave, uma planta destinada à produção da tequila (bebida tradicional do México). Alguns estudos feitos na Austrália apontam que a produtividade de etanol por hectare à base de agave é bastante superior à cana-de-açúcar, chegando a dobrar.
O ministro Fernando Bezerra Coelho, juntamente com o secretário nacional de irrigação Ramon Rodrigues e técnicos do Ministério da Integração Nacional estão em missão oficial em Israel para trocar e coletar experiências no setor de irrigação e infraestrutura hídrica. O governo federal anuncia em breve um programa para implantar 200 mil hectares de perímetros irrigados no semiárido.
"Essas intervenções do ministério fazem parte do esforço para aumentar a oferta de culturas nas áreas dos perímetros públicos controlados pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba) e do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas)", explica o ministro Fernando Bezerra Coelho.
"As pesquisas já estão bastante avançadas tendo a Evogene, inclusive, instalado campos experimentais no Maranhão, no Ceará e na Bahia", acrescenta Ramon Rodrigues.
A empresa tem foco na definição do genoma de certas espécies vegetais, com o objetivo voltado para três aspectos: potencializar as melhores características produtivas; permitir melhores práticas de cultivo ligadas a mecanização agrícola e melhores respostas no uso de defensivos agrícolas.